Foto: Divulgação
SERRA, ES – Um homem de 49 anos foi morto depois de ter sido acusado falsamente do estupro de duas crianças, no mês de junho. Já nesta quinta-feira (28), as duas mulheres que o acusaram do crime foram presas pela Polícia Civil. O caso aconteceu no município de Serra, região metropolitana de Vitória (ES).
Segundo a Polícia, Bruna Hoffman, de 26 anos, e sua mãe, Lucineia Pereira da Silva, de 50 anos, acusaram falsamente Miguel Inácio Santos Filho, de 49 anos, de ter estuprado duas crianças. O delegado Daniel Fortes, responsável pelo caso, disse que Miguel teria agendado um programa sexual com Bruna, mas após o feito, os dois entraram em desacordo sobre o valor.
Segundo o delegado, Miguel pagou um valor maior do que o que foi cobrado pela mulher, mas após o programa, voltou à casa de Bruna para tirar satisfações. Ele chegou a jogar uma pedra na janela e começou a discutir, mas quem estava em casa era Lucineia, mãe de Bruna.
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Bruna, ao chegar em casa, viu a cena, e inventou a mentira de que Miguel seria estuprador. “Quando a Bruna retornou para casa, ele tomou distância. Ela pegou um pedaço de madeira e foi em direção ao Miguel, que correu para fugir dela e da mãe. Ela resolveu gritar que ele era estuprador e que teria mexido com duas crianças na região”, informou Fontes.
O delegado ainda disse que a vizinhança, indignada pelas palavras de Bruna, segurou Miguel e começou uma sessão de espancamento e linchamento, junto com a mulher e a mãe. Enquanto Bruna batia em Miguel com um pedaço de madeira, Lucinéia usou uma enxada. Miguel não resistiu e acabou morrendo.
“A vítima era trabalhador, inocente. Não tinha praticado nenhum estupro. A Bruna deixa bem claro em depoimento que só fez isso para que a população segurasse a vítima que ela não alcançaria. É mais um inocente que é morto por uma notícia falsa. A população não pode fazer justiça com as próprias mãos. Isso fica a cargo do estado por intermédio das polícias. Não se deixem levar pelo que é falado para fazer justiça”, alertou o delegado.
Mãe e filha estão presas, e já foram denunciadas pelo Ministério Público do Espírito Santo pelo crime como rés no processo. Já os outros envolvidos no linchamento ainda estão sendo procurados.
(*) Com informações do G1 Brasil.
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