Manaus (AM) – O senador Magno Malta (PL-ES) afirmou, durante a abertura dos trabalhos da CPMI do 8 de janeiro, nesta quinta-feira (25), que foi vítima de uma narrativa criada para intimidá-lo após declarações sobre o caso do jogador de futebol Vini Jr., do time espanhol Real Madrid.
Durante reunião da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, na terça-feira (23), Malta convocou os defensores da causa animal para contestarem a acusação de racismo atribuída a torcedores do Valencia, que hostilizaram o jogador com xingamentos e gestos imitando macacos durante partida no último domingo.
“Você só pode matar uma coisa com o próprio veneno de alguma coisa. Então, o seguinte: cadê os defensores da causa animal que não defende (sic) macaco? Macaco tá exposto (sic). Veja quanta hipocrisia. E o macaco é inteligente, é bem pertinho do homem, a única diferença é o rabo. Ágil, valente, alegre, tudo o que você pode imaginar, ele tem!”, afirmou Malta.
Acusado de conivência com o crime de racismo após repercussão da fala, o parlamentar argumentou que usou uma figura de linguagem para defender o atleta.
“Estava fazendo uma analogia, porque sou homem respeitador. Os covardes atacam e pegam voo em seguida. Ninguém vai me intimidar. Medo eu conheço de ouvir falar, nunca fui apresentado”, atacou o senador, durante pronunciamento na mesa do Senado ao lado do presidente da CPMI, Arthur Maia (União-BA), e da relatora, Eliziane Gama (PSD-MA).
“Sou pai de uma filha negra e de um filho com síndrome de Down”, acrescentou. “Estão dizendo que não fazem narrativa, mas fazem narrativa”. O senador citou como exemplar a atitude do jogador Daniel Alves, que, durante jogo representando o Real Madrid, comeu uma banana atirada no gramado por apoiadores do time adversário. “Os torcedores se calaram”, enfatizou.
Malta, nomeado segundo vice-presidente da CPMI do 8 de janeiro, citou a própria atuação no combate à pedofilia e ao narcotráfico em comissões parlamentares. “Deixei um legado de luta neste país em defesa das crianças e de valores, comandei a maior CPI deste país”, defendeu-se.
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