Manaus, 7 de maio de 2024
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Cenário

Manauaras vão pagar IPTU mais caro em ano de eleição para prefeito

Em meio ao aumento no valor do tributo, manauaras dizem não ter acesso às benfeitorias nas quais o dinheiro deveria ser aplicado.

Manauaras vão pagar IPTU mais caro em ano de eleição para prefeito

(Foto: Valter Calheiros/Semcom)

Manaus (AM) – Os manauaras terão uma despesa maior neste ano de eleição para prefeito de Manaus. O Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) teve um aumento de 3,74% referente à Unidade Fiscal do Município (UFM) — atrelado ao Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC). Ou seja, quem pagou em 2023, o valor de R$ 854, 45, pagará R$ 886,40 — um aumento de R$ 31,95.

No decreto publicado no Diário Oficial do Município (DOM) na terça-feira (2), o prefeito David Almeida (Avante) estabelece encargos, caso o contribuinte não pague o tributo, ou atrase o pagamento, juros de mora de 1% e multa diária de 0,033%.

Porém, para o contribuinte que pagar o IPTU em conta única, terá desconto de até 20% — sendo inválido para pagamento único fora do prazo máximo no dia 13 de março de 2024.

Onde deve ser aplicado o imposto?

Obrigatório para todos os donos de imóveis, o IPTU deve ser utilizado para melhorias em infraestrutura, educação e segurança. Mas nem todos os manauaras dizem ter acesso a essas benfeitorias.

As vagas nas creches são disputadas e nem todas as crianças conseguem matrículas; as áreas periféricas sofrem com a falta de segurança, acesso à saúde e continuam inchando por falta de habitação.

O engenheiro Murilo Rodrigues, de 38 anos, diz que no bairro Parque Dez, onde mora, apesar de ser considerado de classe média, os moradores sofrem com constantes assaltos e muita ruas estão esburacadas.

“Eu moro aqui já há algum tempo e, nesses anos, nunca vi o poder público fazer alguma obra que realmente ajude a população. Quando chove, o igarapé transborda com esgoto. Não existe drenagem de esgoto como deveria. Os tubos que existem têm como destino os igarapés. Isso não é saneamento, é um trabalho porco que vem de muitos governos e ninguém faz nada, nem os órgãos de controle”, afirmou.

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