Coluna Cenário
Quando foi derrotado nas urnas nas eleições de 2014 para a reeleição de deputado federal, o apresentador de televisão Carlos Souza afirmou que estava decepcionado com a política e não buscaria mais concorrer a nenhum cargo eletivo, chegando a renunciar o cargo três meses antes do seu término.
Com a nomeação do deputado federal Arthur Bisneto (PSDB) para a Casa Civil da Prefeitura de Manaus, Souza, que é suplente dele, disse, na imprensa, estar feliz com a retomada das funções e que “buscará trabalhar em Brasília para ajudar o Amazonas”.
Na verdade, Carlos Souza não quis terminar seu mandato, em 2014, porque fugia de um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Está em tramitação no tribunal, a Ação Penal 671/2012, que acusa o deputado e mais nove réus amazonenses pelo crime de associação ao tráfico de drogas (caso de 2009, envolvendo os irmãos Fausto e Wallace Souza, esse último já falecido) ter entrado na pauta de julgamento da Segunda Turma do Supremo.
A estratégia de Carlos Souza, na época, foi eliminar o foro privilegiado que têm os políticos federais (deputados e senadores), ministros de Estado e presidente da República que só podem ser julgados pelo STF. Com isso, o processo desceu para a primeira instância da Justiça Comum do Estado do Amazonas.
Votação e cargo público
Carlos Souza se tornou o primeiro suplente da coligação que encabeçou Arthur Bisneto com 53.020 votos. Ele volta a Brasília em um novo partido, saindo do PSD do senador Omar Aziz (PSD) e indo para o PSDB do prefeito Arthur Neto, que o alçou à função.
Atualmente, o deputado é diretor da Junta Comercial do Amazonas (Jucea), sendo nomeado pelo ex-governador José Melo e mantido pelo governador David Almeida (PSD).
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