Manaus (AM) – Após comentários do deputado estadual Sinésio Campos (PT) de que seus projetos de lei enviados à Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) estavam travados porque os membros desta não deram continuidade devido à licença-maternidade da presidente, deputada estadual Joana Darc (UB), a própria parlamentar veio a público falar sobre o episódio.
Além de Joana, ao Portal AM1, Sinésio Campos também se manifestou sobre o assunto e disse que houve má interpretação e distorção de sua fala.
Posicionamento de Joana Darc
Joana usou as redes sociais depois de receber vídeos (com cortes) da fala do colega parlamentar na tribuna da Casa, na última segunda-feira (22), e afirmou que está “cansada” de explicar o que significa a licença-maternidade e que, mesmo este sendo um de seus direitos, às vezes, se “sente culpada por estar de licença”.
Além disso, Joana afirma que o projeto do parlamentar nem deveria estar em suas mãos, a princípio. Depois, ela diz que a sua assessoria já estava falando com outros setores a fim de passar o projeto adiante, já que ela não poderia assinar. Em um texto, indignada com a situação, Darc ainda reclama que não adianta lutar por mais mulheres na política se não estão dispostos a apoiá-las.
Resposta de Sinésio
Ao Portal AM1, nesta quinta-feira (25), Sinésio Campos disse que a sua fala foi “distorcida” e “mal interpretada” tanto pelos parlamentares quanto pelos portais de notícia, que divulgaram vídeos com cortes sobre o episódio.
“O que eu me posicionei não tem nada a ver com a deputada Joana Darc, é com a Casa. O que eu vejo que é importante é a Casa não sofrer descontinuidade. Reivindiquei, sim, que o deputado ou a deputada que entre de licença, por qualquer motivo, tenha sua vaga preenchida imediatamente pelo seu respectivo suplente, a fim de que não haja prejuízo para o trabalho das comissões permanentes, o que já está assegurado no regimento da Casa Legislativa. Independente de gênero”, afirmou o decano da Aleam.
Apoio a Joana
Na publicação de Joana, outros parlamentares comentaram para apoiá-la, como o deputado Rozenha (PMB) e o vereador Capitão Carpê (PL), que também criticou Sinésio por ser presidente do PT-AM, partido que defende a causa feminina e os direitos das mulheres, e que “a seu ver” agiu em desacordo com os princípios da legenda.
O Portal AM1 entrou em contato com o vereador sobre a sua opinião nos comentários da postagem de Joana e o questionou se ele teve acesso à sessão plenária, momento em que Sinésio se pronunciou. Em resposta à reportagem, Carpê afirmou que só assistiu aos vídeos nas redes sociais, mas enfatizou que o deputado nem deveria estar falando sobre a parlamentar, já que ela está de licença-maternidade.
O caso
Na última segunda-feira (22), Sinésio Campos usou a tribuna da Aleam para falar sobre seus projetos de lei que estavam parados na Comissão de Meio Ambiente.
Antes de começar suas reclamações, ele afirma que é justo que a colega esteja usufruindo do seu direito; mas que os outros membros da comissão tivessem a iniciativa de dar continuidade aos trâmites, pois se esperassem pelo retorno da parlamentar, os projetos seriam prejudicados, haja vista que a licença-maternidade tem duração de seis meses, aproximadamente.
Para defender Joana, a deputada Alessandra Campelo (PODE) disse que ele deveria enviar suas demandas para os outros membros da comissão e não “perturbar” a parlamentar, que está exercendo um direito seu.
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