(Foto: Portal AM1)
MANAUS – Uma nova manifestação foi iniciada, na tarde deste sábado (05), em frente ao Comando Militar da Amazônia (CMA), na zona Oeste de Manaus, por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Desta vez, o movimento pretende ficar no local por tempo indeterminado.
Os manifestantes questionam o resultado da eleição que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto, no último domingo (30). Alguns chegam a pedir intervenção federal ou militar.
Segundo o líder do Movimento Endireita Amazonas, que também participa do ato, os manifestantes ficarão no local até terem “alguma informação mais concreta sobre a suspeita de fraude nas eleições presidenciais”.
“Não existe uma liderança ou um organizador que tomou a frente. A manifestação é popular e espontânea. Nós estamos apoiando como cidadãos. Existe uma cooperação mútua e natural para que seja possível ficar por muito tempo no local. Muitos ajudam sem precisar pedir. O verdadeiro patriotismo tomou conta de todos nós”, disse Felipe Silva.
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Desde a última quarta-feira (02), apoiadores de Bolsonaro fazem atos em todo o país próximos a bases do Exército. Em Manaus, faixas pedindo intervenção militar ou federal são levantadas por alguns manifestantes, no entanto, a ideia não é apoiada por todos, segundo Silva.
“Estamos no aguardo do resultado da auditoria que virá à publico nessa segunda-feira. Não pedimos por intervenção. Queremos eleições limpas e transparentes. Muita coisa coloca em dúvida o processo eleitoral. A partir daí veremos o que acontecerá. O que não podemos permitir é a suspeita de manipulação durante o pleito, colocando em dúvida as urnas”, afirmou.
Conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as eleições ocorreram de forma “segura e transparente”. Na segunda-feira (31), o presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, descartou qualquer contestação sobre o resultado das urnas.
Argumentos
Uma live realizada, nessa sexta-feira (4), por um canal argentino divulgou um relatório com informações que supostamente comprovam fraude nas eleições. A transmissão movimentou as redes sociais dos apoiadores de Bolsonaro, dando mais fôlego aos protestos.
O dossiê apócrifo citado na live foi publicado pelo canal La Derecha Diário, que pertence a Fernando Cerimedo, que recebeu o filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), em 13 de outubro em Bueno Aires.
A transmissão foi derrubada no Youtube. Em nota divulgada neste sábado (5), o TSE desmentiu informações passadas na live.
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