Manaus/AM – O ex-superintendente da Suframa, Coronel Alfredo Menezes, afirmou, por meio de vídeo divulgado neste domingo (27) em suas redes sociais, que a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) não representa o fim da Zona Franca de Manaus, como foi apontado por diversos políticos e economistas do estado.
Na sexta-feira (25), o presidente Bolsonaro baixou um decreto reduzindo em 25% o IPI. Se por um lado a medida é benéfica para os demais estados do país, para o Amazonas ela é altamente prejudicial. A bancada federal do Amazonas, inclusive, chegou a se reunir nesse sábado (26), para tratar do assunto e definir soluções.
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Menezes, porém, afirma que as falas de tais políticos são exageradas e que todos são oportunistas. “Em primeiro lugar, essa redução não representa o fim da Zona Franca de Manaus como alguns políticos amazonenses oportunistas estão falando. Na realidade, a Zona Franca de Manaus sempre foi usada como terrorismo político, estamos em período pré-eleitoral”, disse o pré-candidato ao Senado.
Segundo Menezes, o modelo ZFM atualmente é usado como moeda de troca para conseguir votos, usando a narrativa de defesa.
“Esse modelo foi criado pelos militares há 55 anos, baseado na defesa, desenvolvimento e soberania, para gerar emprego e renda e é o único que temos e funcionou bem até o momento em que os políticos locais começaram a usar como moeda de troca de votos sob a narrativa de defesa do modelo”, disse Menezes, que é o principal representante de Bolsonaro na capital.
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Em seu discurso, ele defende que o Amazonas precisa de outros meios econômicos e que Bolsonaro e Paulo Guedes não podem levar a culpa pela falta de comprometimento de outros gestores anteriores a eles.
“O presidente Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes não podem pagar a conta da falta de comprometimento dos nossos governantes pretéritos em criar outros vetores de desenvolvimento econômico. O Brasil precisa crescer, reaquecer a sua economia, gerar novos empregos e oportunidades. O Amazonas precisa desenvolver suas potencialidades. Vamos ficar aguardando por mais 50 anos de braços cruzados?”, afirmou.
“A nossa riqueza está no interior e precisa fazer parte da solução econômica tanto quanto Manaus. o Amazonas é muito rico para ficar dependente do IPI e da chantagem política de certos atores para manter seus interesses políticos e pessoais ao invés [sic] de construir outras matrizes econômicas, que são a vocação do nosso estado”, continua.
Para Menezes, o estado pode evoluir economicamente se investir em turismo, bioeconomia, agronegócio e etc.
“Neste ano temos a opção de escolher os políticos que irão ter este comprometimento de implementar novos vetores econômicos complementares ao único existente. Precisamos de inovação tecnológica, investimentos em infraestrutura, turismo, bioeconomia, riquezas minerais e psicultura, além do agronegócio. A solução momentânea está sendo construída”, disse.
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