O tema “merenda escolar” voltou a ser discutido nesta segunda-feira (27) na Câmara Municipal de Manaus (CMM).
Com uma bandeja, um copo de suco de goiaba e alguns biscoitos, que, segundo ele, somam o valor de R$ 2,03, o vereador Capitão Carpê (PL), da oposição, iniciou o debate criticando que essa seria a refeição servida Prefeitura de Manaus, via Secretaria Municipal de Educação (Semed) nas escolas da capital.
Ele também usou seu tempo de fala para reprovar o vereador Professor Samuel (PSD), da base aliada.
Na semana passada, Professor Samuel defendeu que bolacha com suco seriam suficientes para alimentar alunos, porque “merenda não é almoço”.
O assunto foi abordado na Câmara após a vereadora Professora Jacqueline (União Brasil) relatar “problemas” na qualidade da alimentação servida nas escolas municipais.
Segundo Capitão Carpê, a merenda escolar servida, hoje, pela rede municipal de educação é “humilhação” aos estudantes.
Carpê também acusou que o cardápio foi defendido, além do vereador aliado, pelo próprio prefeito David Almeida (Avante).
“Como todos nós sabemos, existem muitas crianças que a principal refeição dela do dia é o lanche, é a refeição que ela vai ter na escola, porque existem milhões de crianças no Brasil, especificamente aqui no Amazonas, que simplesmente não têm o que comer em suas casas. E aqui vale ressaltar que não é um favor que a Prefeitura de Manaus faz com essas crianças. Até porque o governo federal envia um orçamento de 24 milhões do PNAE, que é um Programa Nacional de Alimentação Escolar, fora os R$ 2,3 bilhões que a Semed tem para gastar por ano. Então estamos diante não de uma merenda escolar, mas de uma humilhação que essas crianças passam diariamente”, disse o vereador.
Base aliada rebate
O vereador professor Samuel (PSD), da base aliada, usou a tribuna da Casa para rebater o colega e disse que, como professor, pedagogo e ex-gestor de escola, teve sua fala tirada de contexto por pessoas que não “entendem de educação”.
“Sou um defensor da merenda de qualidade, porque sou filho de um cidadão semi-analfabeto que lutou para criar 9 filhos. Eu sou um deles e tenho orgulho disso e sempre lutei pela qualidade da educação, da merenda escolar e de tudo aquilo feito para pessoas carentes”, argumentou o parlamentar.
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