Manaus, 21 de maio de 2024
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Cenário

Mesmo construindo marombas em áreas alagadas, David Almeida afirma que se antecipou às cheias

Essa já é a terceira maior cheia registrada em Manaus e, nesta terça-feira (18), a cota do Rio Negro chegou a 29,74 metros

Mesmo construindo marombas em áreas alagadas, David Almeida afirma que se antecipou às cheias

MANAUS, AM – A cheia de 2021, em Manaus, já é a terceira maior marca registrada em mais de 60 anos de medição da subida das águas. De acordo com dados da Defesa Civil de Manaus, a cota registrada nesta terça-feira (18) é de 29,74 metros e 15 bairros em Manaus já sofrem as consequências com os alagamentos.

Mesmo com um alerta divulgado ainda no final de março, pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB – CPRM), sobre a subida das águas, as autoridades demoraram a prestar socorro a essas pessoas. Não só os moradores das áreas têm sofrido com os impactos da enchente, mas comerciantes do entorno do Centro também já amargam prejuízos com esse fenômeno que ocorre todos os anos na capital e em todo o Amazonas.

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Nas redes sociais, o prefeito David Almeida (Avante) disse ter se antecipado à situação, embora muitas pessoas já tenham perdido objetos e empresários tenham feito barricadas por conta própria para impedir o avanço da água para dentro de seus comércios, principalmente na avenida Eduardo Ribeiro e no entorno do Mercado Adolpho Lisboa.

“Temos nos antecipado aos problemas causados pela subida das águas, buscando meios de atribuir segurança e dignidade aos mais afetados, além de garantir mobilidade ao local, com a implantação de contenção ao longo da Avenida Eduardo Ribeiro, evitando a invasão da água nas lojas”, escreveu ele no post deste fim de semana, andando na avenida que só ganhou ajuda da Prefeitura após a chegada das águas.

Foto: David Almeida / Reprodução Instagram

 

Essa “antecipação” citada pelo prefeito de Manaus não chegou para Janderson Oliveira, que teve de sair do seu imóvel no bairro de Presidente Vargas, na zona Sul e foi morar em imóvel cedido pela sogra, no mesmo bairro, mas que também já foi alcançado pela água. “Infelizmente minha casa alagou de vez, me impossibilitando de habitar lá e não recebi nenhum benefício”, disse.

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Em meio ao caos, apenas nessa segunda-feira (17), o projeto do “Auxílio Operação Cheia 2021”, encaminhado pela Prefeitura de Manaus à Câmara Municipal (CMM) foi aprovado para ajudar as vítimas das áreas alagadas, ainda assim no valor de R$ 200, por dois meses.

O benefício tardio atenderá cerca de cinco mil famílias que tenham perdido seus imóveis total ou parcialmente pela cheia, com renda familiar de até um salário mínimo e que estão em condição de extrema vulnerabilidade social. Ou seja, nem todas as famílias que estão nas áreas alagadas serão contempladas com o valor.

Veja os anos que registraram as maiores cheias em Manaus:

  • 2012 – 29,97m
  • 2009 – 29,77m
  • 2021 – 29,74 m
  • 1953 – 29,69 m
  • 2015 – 29,66m
  • 1976 – 29,61m
  • 2014 – 29,50m
  • 1989 – 29,42m

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