Manaus, 8 de maio de 2024
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Cenário

Minoria na CMM, vereadoras destacam igualdade e respeito no Parlamento

As vereadoras relataram que trabalham de forma igualitária na CMM e que se fazem ser respeitadas no Parlamento

Minoria na CMM, vereadoras destacam igualdade e respeito no Parlamento

Foto: Robervaldo Rocha/CMM

No Dia Internacional das Mulheres, celebrado nesta segunda-feira (8), as parlamentares da Câmara Municipal de Manaus (CMM) declararam não ter problemas para trabalhar no plenário predominantemente masculino e que o clima é de “paz e amor” no Parlamento.

As vereadoras professora Jacqueline Pinheiro (Podemos), Thaysa Lippy (PTB), Yomara Lins (PRTB) e Glória Carratte (PL) fazem parte dos quase 10% da representatividade feminina no Parlamento Municipal.

Jacqueline Pinheiro disse que não tem problemas com seus pares masculinos, mas que é necessário ter lugar de decisão e mostrar suas competências, independentemente de ter vida pública ou não.

“Desde o primeiro mandato sou tratada pelos demais vereadores com muito respeito. Na maioria das vezes sim, nós mulheres precisamos argumentar sobre nossas competências técnicas e reivindicar os espaços de decisão para que a representatividade seja ainda mais assegurada”, disse a parlamentar.

Jacqueline exerce seu terceiro mandato na CMM e nas Eleições de 2020 foi a mulher mais bem votada no Amazonas, com 9.208 mil votos.

Atualmente é presidente da 18ª Comissão de Defesa e Proteção dos Direitos da Mulher da CMM e protocolou hoje (8), um projeto que estabelece cota para mulheres em situação de violência doméstica e para famílias chefiadas por mulheres na aquisição de imóveis construídos pelos Programas Habitacionais de Interesse Social, financiados pela Prefeitura Municipal de Manaus.

Já a estreante, Thaysa Lippy disse que não tem problemas em argumentar com os demais parlamentares e nem nunca presenciou algo que possa comprometer o bom funcionamento da Casa Legislativa.

“Esse é meu primeiro mandato e agente ainda está bem no início da legislatura. Tive poucas experiências com projetos de lei, todos que encaminhei estão em tramite normal. Nunca aconteceu nada comigo e nem presenciei nada com outra vereadora, e sempre fui muito bem tratada por todos os colegas e não sinto nenhuma indiferença” disse a parlamentar que recebeu diversos presentes nesta segunda.

Em suas redes sociais, Thaysa divulgou um vídeo encorajando as mulheres que sofrem com a violência em seus lares para que denunciem os abusos.

Leia mais: Vereadoras pedem mais valorização e incentivam participação da mulher na política

A também iniciante no Parlamento e na Política, vereadora Yomara Lins disse que não ver indiferença por parte dos vereadores.

“Eu me sinto muito bem tratada, pelos nossos colegas parlamentares todos os dias no plenário, os nossos colegas Vereadores são muito bem-educados, gentis e cordiais, o tratamento na Câmara é bem cordial e uma tranquilidade no parlamento. Quanto aos projetos, são levados em consideração seu conteúdo e sua importância ao serem avaliadas sem nenhuma discriminação, sem nenhum preconceito”, disse Yomara.

Na tribuna da Casa nesta segunda-feira (8), a decana Glória Carratte também declarou que é muito respeitada no Parlamento e nem se sente “inferior” ou “maior” que os homens, mas “realizada” com sua atuação em seis mandatos na Casa.

Cotas femininas

Embora a Lei de cotas de candidaturas femininas tenham que representar 30% nas siglas partidárias, esse número não representa a quantidade de mulheres eleitas nos Parlamentos brasileiros.

Na CMM são quatro parlamentares, o que representa 9,78% das mulheres. Já na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), a representatividade feminina é formada de cinco deputadas: Alessandra Campêlo (MDB), Joana Darc (PL), Mayara Pinheiro (PP), Nejmi Aziz (PSD) e Therezinha RuiZ (DEM), o que corresponde a um pouco mais de 20%.

Já no Congresso Nacional, o Amazonas não tem representantes femininas.