Manaus (AM) – Pré-candidato à Prefeitura de Manaus, o ex-deputado federal Marcelo Ramos (PT) demostrou, nesta quarta-feira (8), estar mais preocupado com o “legado” do presidente Lula (PT), responsável pela indicação do seu nome para a disputa eleitoral deste ano, do que apresentar seu próprio plano para administrar a cidade de Manaus, caso seja eleito.
O ex-vice-presidente da Câmara dos Deputados deu detalhes sobre a sua nomeação na legenda, que, segundo ele, ‘agrega mais’ para representar o Partido dos Trabalhadores porque foi feita pelo próprio presidente.
“Por uma questão conjuntural e de natureza eleitoral, parece-me que o meu nome, no atual momento, é o nome que agrega mais e que tem mais potencialidade de defender o legado do presidente Lula”, declarou Marcelo Ramos.
Após o resultado das Eleições de 2022, em que ele não conseguiu reeleição para o cargo de deputado federal, Marcelo Ramos decidiu largar a vida pública. Ele, inclusive, alegava não ter tempo para ficar com a sua família. Apesar de tudo, Marcelo disse que foi surpreendido pelo convite de Lula, no dia 2 de abril, para ser o nome do partido na disputa das eleições municipais em Manaus e, por isso, não pôde recusar.
Vale lembrar que essa é a segunda vez que o político tenta ser prefeito de Manaus. Ele perdeu a eleição municipal de 2016 para Arthur Virgílio Neto (Sem partido), que foi reeleito com 56,18% dos votos válidos. Ramos ficou em segundo lugar, com 43,82%.
Atualmente, Marcelo Ramos ocupa o cargo de consultor da Petrobras e, ocasionalmente, viaja a Brasília para reuniões e, de quebra, busca alianças políticas para estas eleições.
Indicação
Antes da indicação de Marcelo para a disputa, o PT-Manaus tinha cinco nomes que se apresentaram como pré-candidatos a prefeito, inclusive, o de Anne Moura, que lutou até à última semana pela aprovação de Lula.
A indicação de Marcelo gerou uma briga interna no partido, em Manaus; porém, o ex-parlamentar, que tentar voltar à vida pública, afirma que não desrespeitou os outros indicados como se comentava nos bastidores.
“O PT é uma casa. Estou sendo recebido dentro de uma casa que já está pronta e que eu não coloquei nenhum tijolo para ela ser construída. Mas não só eu não coloquei nenhum tijolo, passaram algumas ventanias, alguns tornados por essa casa. O impeachment da presidente Dilma, Lava Jato. E essa casa continuou de pé, pela força, pela coragem e pela responsabilidade da militância do partido. Eu não poderia entrar e desrespeitar aqueles que construíram e sustentaram essa casa de pé, enquanto eu não estava nela”, explicou.
De acordo com Marcelo Ramos, ele não impôs o seu nome logo após a sinalização de Lula, embora tivesse apoio da maioria dos integrantes da executiva municipal do partido, ele escolheu dialogar e deixar os próprios membros da sigla se convencerem de que sua indicação seria o “melhor caminho”.
Anne Moura
Anne Moura estava convicta de que seria a candidata à Prefeitura de Manaus pelo PT. No entanto, líderes nacionais, como Gleisi Hoffmann, presidente do partido, e Lula, nomearam Marcelo Ramos, deixando para Anne a opção de disputar como vereadora.
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