Manaus, 8 de maio de 2024
×
Manaus, 8 de maio de 2024

Cidades

Moradores do Presidente Vargas reclamam: ‘prefeito só vem aqui se a gente fizer manifestação’

A dona de casa, Luana Lima, disse que as pontes existentes atualmente foram construídas pelos próprios moradores, que precisaram providenciar madeiras e pregos para a construção

Moradores do Presidente Vargas reclamam: ‘prefeito só vem aqui se a gente fizer manifestação’

Fotos: Antônio Mendes | AM1

MANAUS – O ex-atleta e jogador de futebol, Arthur César, de 57 anos, disse que há 41 anos mora na comunidade Bariri, situada no bairro Presidente Barros, na região Centro-Sul de Manaus e desde o ano passado, quando houve o fenômeno da cheia, aguarda uma ação da prefeitura de Manaus. César e os demais moradores solicitam a construção de uma ponte para que possam ter como se locomover para as suas atividades do dia a dia.

Leia mais: Moradores do Nova Cidade denunciam Seminf por asfaltar bairro pela metade: ‘sumiram’

Morador há 41anos na comunidade Bariri, Arthur César, de 57 anos, disse que desde o ano passado, durante a cheia histórica, passa o maior perrengue, por falta do “olhar da prefeitura”.

“Infelizmente esse já é o segundo ano que novamente vamos passar pelo mesmo problema. Ano passado, naquela que foi a cheia histórica e, esse ano já estamos na mesma situação. Nossa esperança é que os órgãos competentes olhem pela gente, pois com a força da natureza não há o que fazer, mas os secretários precisam cuidar da gente. Se Deus quiser e os órgãos competentes olharem pela gente”, queixou o ex-atleta Arthur César.

Segundo ele, no ano passado foi necessário os moradores se reunirem em forma de protesto para reinvindicar a construção de uma ponte de madeira para a comunidade. Pois só assim tiveram a solicitação atendida.

A dona de casa, Luana Lima, disse que as pontes existentes atualmente foram construídas pelos próprios moradores. “A gente que tem que se virar para conseguir prego e madeira e, aí nós mesmos vamos fazendo os ajustes nas pontes, para a gente poder passar. É um perigo não só pra mim, que estou grávida, mas, principalmente, para as crianças, que já chegaram a cair diversas vezes”, relatou Luana.

Leia mais: David Almeida continua em viagem e comemora 140 k

“O prefeito só vem aqui se a gente fizer manifestação. Aí ele [prefeito] manda o pessoal da Defesa Civil aqui. Às vezes, a gente precisa tocar fogo em restos de madeira, pneus, ali na rua de cima, na principal, que é a Walter Rayol, para tentar sensibilizar as autoridades. Só assim eles aparecem por aqui”, explicou Luana.

Ela disse ainda, que além do perigo evidente, por conta do alagamento, ainda há outra situação igualmente preocupante, que é o aparecimento de animais peçonhentos, como cobras e até jacarés, que surgem, provocando pavor em todos da comunidade.

Outra moradora, a professora Janine Lima, contou que até já batizaram um jacaré, que constantemente faz ronda na área. O jacaré Rodolfo provoca curiosidade e preocupação, uma vez que ele pode atacar alguma criança pequena.

O lixo descartado de forma incorreta é outra preocupação dos moradores, que ainda precisam conviver com o mal cheiro diariamente.