Manaus, 26 de abril de 2024
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Cidades

MP fiscaliza ações de enfrentamento às enchentes no interior do Amazonas

O intuito é verificar atendimentos e cestas básicas para desabrigados, além de acompanhar o plano de ação e de vacinação

MP fiscaliza ações de enfrentamento às enchentes no interior do Amazonas

Foto: MPAM de Itamarati

Amazonas- Após o município de Itamarati (a 985 km da capital) declarar situação de emergência devido a elevação do nível das águas do Rio Juruá, o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) está acompanhando e fiscalizando as políticas públicas de enfrentamento causado pela enchente na cidade.

No último dia 10, o promotor de Justiça Caio Barros, instaurou um procedimento administrativo para acompanhar o atendimento do poder público à população, com distribuição de mantimentos, remédios e insumos que possam diminuir os impactos da enchente às famílias ribeirinhas – que abandonaram as casas e estão instaladas em abrigos municipais.

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A prefeitura e diversos órgãos vão fazer uma ação nas comunidades atingidas e desabrigadas, levando assistência médica, odontológica, além de serviços de assistência social. Entre as atividades está incluso o plano de vacinação contra a covid.

Segundo o promotor Caio Barros, a distribuição e a veracidade das informações dos vacinados são monitoradas pelo MP. Ele alerta que as doses são destinadas a grupos prioritários, conforme as diretrizes do Plano Nacional de Imunização (PNI), preconizado pelo Ministério da Saúde (MS), e casos de “fura filas” não serão tolerados.

O Ministério Público acompanha de perto as ações e fez inspeção no barco que será utilizado na operação. O intuito foi verificar as condições de atendimento, analisar os donativos que compõem as cestas básicas destinadas às pessoas desabrigadas, além de acompanhar o plano de ação e de vacinação nas comunidades ribeirinhas.

A cheia do Rio Juruá já é considerada pela população a maior da região. O promotor do município relatou que a cidade já tem quase mil famílias afetadas de alguma forma pela enchente e grande parte da cidade está debaixo d’água. Ele ressalta que é necessária a união de todos do Estado, principalmente, nesse momento de pandemia e da cheia natural dos rios.

“Tem que haver uma união de esforços entre todos os órgãos, incluindo o Ministério Público, para amenizar o sofrimento dessas famílias atingidas por esse desastre natural”, afirmou.

(*) Com informações da assessoria