Manaus, 21 de maio de 2024
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Manchete

MPF investiga desvio de R$ 2 milhões da merenda escolar em cidade do AM

MPF investiga desvio de R$ 2 milhões da merenda escolar em cidade do AM

Os repasses do Pnae são feitos para alimentar instituições de ensino fundamental, educação indígena, creches e pré-escolas - Foto: Agência Brasil

A Prefeitura de Parintins (a 534 quilômetros de Manaus) mais uma vez é alvo de investigação do Ministério Público Federal (MPF). O órgão instaurou, no último dia 15, um inquérito civil público para avaliar “a licitude do gasto dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae)”, em 2016, durante a gestão do prefeito Carlos Alexandre Ferreira da Silva (PSD), o Alexandre da Carbrás. No exercício mencionado, as transferências feitas pelo Governo Federal, para essa finalidade, chegaram a R$ 2.189.560. Os dados são da tabela disponibilizada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) na internet.

desvio de recurso

Os repasses do Pnae são feitos para alimentar instituições de ensino fundamental, educação indígena, creches e pré-escolas – Foto: Agência Brasil

A investigação foi pautada em um parecer emitido pelo Conselho de Alimentação Escolar do município, apontando irregularidades na execução do progtama e se manifestando em favor da não aprovação das contas relativas às transferências via Pnae. A portaria n°2, assinada pelo procurador da República Thiago Augusto Bueno, foi publicada na última edição do Diário Eletrônico do MPF.

Conforme a portaria, o inquérito foi gerado a partir do Núcleo de Combate à Corrupção na Procuradoria da República no Amazonas. Ele é derivado da Notícia de Fato (NF) 1.13.000.000236/2018-70, também originada no exercício vigente.

Os repasses do Pnae são feitos para alimentar instituições de ensino fundamental, educação indígena, creches e pré-escolas. Foram 80 ao todo, a partir do Programa. Além dele, a Prefeitura de Parintins também recebeu transferências oriundas de outros seis programas em 2016. São eles: Brasil Carinhoso (R$ 149.614), Plano de Ação Articulada (R$156.115), Dinheiro Direto na Escola (R$ 69.280), de Apoio ao Transporte Escolar (R$ 688.319), Quota Estadual/Municipal (R$2.158.490) e Projovem Campo (R$ 833.212).

O ex-prefeito de Parintins também está sendo investigado pelo MPF por suspeita de desvio de R$ 1,5 milhão em recursos federais oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), destinados à cidade entre os anos de 2013 e 2016, período em que esteve como gestor do município. Instaurado na Portaria n° 44, de 28 de junho do ano passado, o inquérito prevê a apuração da responsabilidade cível e criminal do ex-gestor, quanto à aplicação do recurso para a construção de creches do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância) e para o pagamento da folha de funcionários públicos da localidade.

A equipe do Amazonas1 não localizou o ex-prefeito para falar sobre o assunto. Também fez contato com a Secretaria de Comunicação de Parintins, para saber da aplicação do recurso, mas não obteve retorno.