Manaus, 2 de maio de 2024
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Manaus, 2 de maio de 2024

Economia

Número de desempregados cresce 18,5% em Manaus, aponta IBGE

A taxa de desocupação é a maior dentre as capitais do Brasil.

Número de desempregados cresce 18,5% em Manaus, aponta IBGE

Manaus é a primeira capital do país com maior número de pessoas desocupadas no primeiro trimestre deste ano. A taxa de pessoas que não trabalham e procuram trabalho cresceu 18,5% na comparação com os últimos três meses de 2019. A alta foi de 1,5 pontos percentuais entre os períodos. 

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira , 15.

A pesquisa também mostra que a taxa da Região Metropolitana de Manaus subiu 17,1%, no primeiro trimestre do ano, alta de 1,5 pontos percentuais em relação ao quarto trimestre de 2019. A taxa foi a quarta maior do país. 

O Amazonas seguiu a tendência de alta e registrou taxa de desocupação de 1,6 pontos percentuais no período, resultando no índice de 14,5%. O número é frente ao quarto trimestre do ano de 2019, que marcou 12,9%. Com o resultado, o Estado ocupou a 10ª posição dentre as maiores taxas. 

“Sobre o reflexo da pandemia no mercado de trabalho do Amazonas é importante considerar que o primeiro caso de covid-19 foi registrado no dia 13 de março no Estado, e as medidas de isolamento começaram um pouco mais de uma semana depois. Assim, é provável que os reflexos dessa crise na taxa de desocupação comece a ser percebida mais nos resultados do segundo trimestre em abril”, avaliou José Ilcleson Mendes Coelho, chefe do IBGE/AM.

Mais dados

Segundo o levantamento, o nível de ocupação no Amazonas caiu de 54,8% para 53,6% no primeiro trimestre de 2020. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a taxa era menor (51,6%).

Já a taxa de informalidade no Amazonas alcançou 58,9% da população de 14 anos ou mais, ocupada. Com o índice o Estado figurou entre as três  maiores taxas do país, ficando atrás apenas do Pará (61,4%) e Maranhão (61,2%).

Segundo o levantamento, 1,6 milhão de pessoas estavam ocupadas no 1º trimestre de 2020 em todo o Estado. Do total, 550 mil eram do setor privado; 248 mil do setor público e 67 mil pessoas estavam ocupadas como trabalhador doméstico. 

Outro dado aponta que 561 mil pessoas trabalham por conta própria no Amazonas. Desses, 530 mil não possuíam CNPJ, ou seja, 94,5% estão na informalidade. 

“Nesse momento que estamos passando, os trabalhadores informais carecem de mecanismos de seguridade social já que para eles deixar de trabalhar significa deixar de receber. Não há seguro desemprego, férias remuneradas e nem 13º salário”, pontuou José Ilcleson Mendes Coelho.