Manaus, 12 de maio de 2024
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Cenário

Omar aponta que PSD deve apoiar Lula e faz críticas a Menezes e família Bolsonaro

Senador afirmou que o ex-presidente Lula deveria se reunir com o presidente dos EUA, Joe Biden, após as declarações polêmicas do general Mourão

Omar aponta que PSD deve apoiar Lula e faz críticas a Menezes e família Bolsonaro

Foto: Reprodução

MANAUS, AM – O senador Omar Aziz (PSD) afirmou ao Portal Amazonas1, nessa sexta-feira (25), que o PSD está livre em relação ao apoio para a Presidência da República nas eleições deste ano. Ele também disse que a tendência da legenda é apoiar o ex-presidente Lula (PT).

“Em relação a presidente, nós estamos muito livres para apoiar quem a gente quiser. A tendência nossa é ficar com o presidente Lula”, disse Omar em entrevista exclusiva ao AM1.

O senador também afirmou que Lula deveria marcar um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para conversarem sobre a invasão da Rússia na Ucrânia. Isso porque, o vice-presidente, General Mourão, defendeu a soberania da Ucrânia e apoiou o uso da força na região para conter os russos.

O senador disse que a declaração de Mourão foi precipitada

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A declaração de Mourão chateou até o próprio presidente Bolsonaro, que deu uma bronca no seu vice. “O artigo 84 da Constituição diz que quem fala sobre este assunto é o presidente. E o presidente se chama Jair Messias Bolsonaro. E ponto final”, disse.

Para Omar Aziz, um encontro de Lula com Biden seria importante para o presidente americano entender o pensamento brasileiro sobre o conflito.

“Eu acho que ele tinha que procurar o Biden agora, ter uma reunião com o Biden. Mostrar que o Brasil não é um pensamento… Que essa distorção aí não traga para a gente prejuízos futuros. Se apertar mais o cinto aqui, nós vamos estar lascados”, disse Aziz.

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‘Puxa-saco’

Ainda durante a entrevista, o senador fez críticas ao ex-superintendente da Suframa, Coronel Alfredo Menezes, que vez ou outra ataca o Aziz com xingamentos nas redes sociais. Segundo o senador, Menezes, que é o braço direito de Bolsonaro no Amazonas, é um ‘puxa-saco’.

“Esse coronel aí (Coronel Menezes), que subjugou a Zona Franca puxando saco do presidente, porque ele é um puxa-saco, né. Se tem uma coisa que o povo não gosta é de puxa-saco. O cara surge, até outro dia não existia, mas agora existe porque puxa saco […] Deixa o Menezes falar. Ele está lá do lado de um genocida, eles se merecem”, afirmou.

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‘Marginal’

As críticas também alcançaram o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), que viajou para a Rússia com Bolsonaro. Segundo Omar, o parlamentar não foi ao país apenas para acompanhar o pai, mas sim para utilizar “sistemas russos para invadir e propagar fake news”.

“Porque eles não foram atrás de fertilizante, até porque não precisa. Não é o Brasil que compra fertilizante, quem compra são as pessoas que produzem e que já têm seus contratos aí há muito tempo; o governo brasileiro não compra fertilizante. Então, a ida do Carlos Bolsonaro, que está sendo investigada, que não fez nada diferente do Allan [dos Santos] lá, que ele mandou prender. Infelizmente, até hoje, ele não mandou prender o Carlos Bolsonaro”, criticou.

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Para o senador, Carlos Bolsonaro deveria ter sido preso por propagar fake news e que isso só não aconteceu porque ele é filho do presidente. “Ele é o comandante do gabinete do ódio, do gabinete da fake news do presidente, e todo mundo sabe no Supremo. Tanto é que os ataques que o presidente fazia ao Supremo era com medo de o filho ser preso. Por isso que o Temer interveio e fez o Alexandre de Moraes conversar com Bolsonaro. Eles tiveram uma conversa por telefone; mas o medo, receio, não era contra Alan dos Santos, era o filhinho preferido do presidente, que é um marginal, aquele moleque é um marginal!”, disse.

“Como foram presas várias pessoas por fake news, ele também tinha que ter sido preso, não foi preso porque era filho do presidente, porque o crime que ele cometeu era igual dos outros que foram presos: ataques ao Supremo, ataques à democracia, uma série de coisas todas comandadas por ele. Aquilo não saía da mente de uma pessoa, saía de um comando, e esse comando, o chefe chama Carlos Bolsonaro. A gente espera, agora, com a volta da CPI da fake news, que nós possamos avançar nesse sentido.”