
O comunicado postado no Instagram do presidente do Podemos-AM, deputado estadual Wilker Barreto (FOTO: TIAGO CORREA / CMM)

Wilker Barreto: desequilíbrio na hora de conduzir os trabalhos da Câmara (Tiago Corrêa/CMM)
CENÁRIO – O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador Wilker Barreto (PHS) – pré-candidato ao Governo do Estado na eleição suplementar – passou por cima do Regimento Interno da CMM e decidiu, por conta própria, encerrar a sessão plenária da Casa no momento em que a vereadora Joana D´arc (PR) se posicionava na tribuna em defesa de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os serviços prestados pela empresa Manaus Ambiental. O caso ocorreu na manhã desta terça-feira, 30.
Pela regra da Casa, o bloco parlamentar da qual a vereadora faz parte teria direito a três minutos para pronunciamento e ela estava na vez do discurso. Antes de a vereadora subir à tribuna, Wilker Barreto chegou a “autorizar” os três minutos dos quais ela tinha direito, mas depois de forma arbitrária mudou de decisão. Mesmo com a maioria dos vereadores deixando o plenário, Joana continuou na tribuna, aos prantos, fazendo o discurso sobre o motivo que a levou a defender a CPI da Água. “É isso que eu sofro por defender os interesses da população”, disse a vereadora.
A possibilidade de investigação da empresa Manaus Ambiental deixou Wilker Barreto preocupado fazendo com que outros parlamentares questionassem o receio da abertura da comissão, como fez o vereador Plínio Valério (PSDB), do partido do prefeito Arthur Neto (PSDB). “Eu creio que nem o prefeito (Arthur Neto) e nem ninguém nessa Casa tenha algum acordo com essa empresa (Manaus Ambiental). Portanto, não temos motivos para barrar a uma CPI”, disse.
Wilker Barreto saiu do plenário e não explicou sobre o motivo que o levou a barrar o discurso de Joana D´Arc na tribuna.
Nota de esclarecimento do Vereador Wilker Barreto Sobre o episódio ocorrido na manhã desta terça-feira (30), na CMM envolvendo a vereadora Joana e o presidente Wilker Barreto, a Diretoria de Comunicação da CMM informa que quando a sessão já se encaminhava para o encerramento, a vereadora solicitou uma questão de ordem em que a mesa diretora considerou como improcedente porque a mesma não havia sido citada por outro parlamentar, durante a discussão e o presidente considerou encerrar a sessão. A vereadora já havia utilizado sete de quatro minutos previstos no grande expediente dentro do bloco partidário do qual faz parte o PR. Joana chegou a solicitar comunicado parlamentar, no entanto, o referido tempo já havia sido utilizado pelo líder do PR, vereador Cláudio Proença. Conforme o Regimento Interno, apenas três vereadores podem utilizar o tempo de comunicado parlamentar, desde que também estejam inscritos. O que não foi feito pela vereadora. Somente estavam inscritos os vereadores Plínio Valério (PSDB), Cláudio Proença (PR) e Raulzinho (DEM).
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