Foto: reprodução
Presidente Figueiredo, AM – Em meio à polêmica de gastos milionários e denúncia de irregularidades, a Prefeitura de Presidente Figueiredo, comandada por Patrícia Lopes (MDB), contratou uma empresa de engenharia por mais de R$ 9,5 milhões. O extrato foi publicado no Diário Oficial dos Municípios do Amazonas nessa terça-feira (23).
A vencedora da licitação foi a empresa M S CONSTRUÇÕES E TERRAPLANAGEM LTDA, que terá o prazo de 210 dias para realizar as obras nas ruas do município, a contar do último dia 11. Curiosamente, o contrato foi assinado no início do período chuvoso no Amazonas.
Sozinha, a firma vai receber o total de R$ 9.582.757,71(nove milhões, quinhentos e oitenta e dois mil, setecentos e cinquenta e sete reais, setenta e um centavos) da Prefeitura de Presidente Figueiredo para a “prestação e execução dos serviços de recapeamento do sistema viário do município”.
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Segundo o despacho, o contrato é resultado da concorrência pública 002/2021, e deverá atender a Secretaria Municipal de Infraestrutura e serviços públicos do município de Presidente Figueiredo – AM”.
O acordo tem validade de 240 dias, ou seja, oito meses. Com isso, a empresa vai embolsar a quantia de R$ 1,1 milhão mensalmente pelo serviço; dinheiro que sairá direto do bolso do contribuinte para custear as despesas com aval de Patrícia Lopes.
Empresa
O contrato da Prefeitura de Presidente Figueiredo não informa o CNPJ da empresa M S CONSTRUÇÕES E TERRAPLANAGEM LTDA. Em consulta ao site da Receita Federal, o Portal Amazonas 1 identificou uma firma de mesmo nome com número de inscrição 10.188.217/0001-20.
De acordo com o cadastro, o estabelecimento possui um capital social ‘modesto’ de R$ 4 milhões e tem Belmiro Coelho Marques e Bruno Soares Freitas como sócios.
No mercado desde 2019, a firma fica localizada na rua Rio Jurema, no bairro Nossa Senhora das Graças, em Manaus, e tem como principal atividade econômica obras de terraplanagem.
Contrato milionário
Nos últimos meses, a administração de Patrícia Lopes tem firmado contratos milionários. Um deles foi em agosto deste ano, quando a prefeita contratou o serviço de coleta de lixo por quase R$ 10 milhões. O detalhe é que um dos donos da empresa vencedora da licitação é Sérgio Bringel, empresário que foi preso em 2018 por envolvimento na Operação Maus Caminhos.
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Dois meses antes, o Portal AM1 também mostrou que a prefeita Patrícia Lopes resolveu contratar uma empresa com dispensa de licitação e, ao mesmo tempo, tornar o representante legal da empresa, Marden Eufrasio dos Santos, em secretário municipal de Planejamento e Finanças na Prefeitura do município.
A contratação da empresa Acdtech Assessoria em Gestão Empresarial LTDA-ME foi feita pela Secretaria de Planejamento e Finanças (Semplaf), no valor de R$16.500, mesma secretaria em que Marden se tornou gestor logo após a homologação do contrato, em 15 de janeiro.
Já em maio, a prefeita publicou documento que visa contratação de outra empresa, por R$ 477 mil, apenas para realizar o serviço de transmissão on-line da Live Cultural das Cachoeiras.
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A vencedora do pregão para a contratação dos serviços foi a empresa Alpha Produções de Eventos. A produtora é sediada no bairro Tarumã, na zona oeste de Manaus e tem como sócios: José Oricélio da Silva e Marcos Antônio Ferreira Costa.
Máquinas e caminhões
Em novembro, Patrícia Lopes também amarrou um novo possível contrato de R$ 9,5 milhões para aluguel de máquinas pesadas e caminhões. O montante será pago à empresa HSX Engenharia e Construções Ltda, cujo dono é o empresário Higor Leonardo de Lima Nery.
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O acordo tem validade por 12 meses, ou seja, por mês, a empresa vai embolsar a quantia de R$ 791,7 mil que sairá direto do bolso do contribuinte para custear as despesas.
Escândalo
No mês passado, a gestão de Patrícia Lopes esteve envolvida no escândalo de desvio de auxílios emergenciais na Prefeitura de Presidente Figueiredo. Por conta da fraude, a titular da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), Eleíta Almeida dos Santos acabou sendo exonerada do cargo.
O caso veio à tona após denúncias anônimas relatarem que os cartões do auxílio emergencial estariam sendo desviados da Semasc, da qual um dos suspeitos era funcionário, e trocados por dinheiro no comércio da cidade.
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Resposta
A reportagem não conseguiu contato com a Prefeitura de Presidente Figueiredo para esclarecer o gasto milionário com a recuperação das ruas no município; espaço segue aberto.
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