Manaus, 21 de maio de 2024
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Política

Pelo menos 11 ministros de Bolsonaro podem deixar cargos para disputar as eleições

A estratégia de Bolsonaro é eleger o maior número possível de senadores e assim consolidar uma base de apoio que favoreça seu mandato

Pelo menos 11 ministros de Bolsonaro podem deixar cargos para disputar as eleições

Foto: Divulgação

BRASIL –  Seguindo a tradição das eleições, vários membros da cúpula do poder devem deixar seus cargos para disputar cargos pleiteados nos parlamentos do Congresso Nacional e Assembleias Legislativas. Assim como o cenário local, pelo menos 11 ministros devem deixar a gestão do presidente, Jair Bolsonaro (PL) e consolidar candidaturas no Senado Federal e Câmara dos Deputados.

Em cenário de reeleição de Bolsonaro, pelo menos 11 dos 23 ministros devem deixar seus cargos, o que representa uma grande dança das cadeiras nas pastas governamentais.

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Com um baixo número de aliados no Senado Federal nos quatro anos de governo, a estratégia de Bolsonaro é eleger o maior número possível de senadores e assim consolidar uma base de apoio que favoreça a aprovação de futuros projetos, caso seja reeleito.

Este ano, a renovação do Senado será de um terço, com a eleição de um representante por unidade da federação.

De acordo com o calendário eleitoral, os ministros, bem como secretários estaduais e municipais que desejam disputar as eleições, devem se descompatibilizar dos cargos até o dia 1° de abril.

 A regra eleitoral estabelece que o afastamento do cargo seja feito, uma vez que os membros são ordenadores de despesas, ou seja, possuem o poder de disparar recursos públicos para empresa privadas, assim como servidores das pastas. Caso continuassem nos cargos, algumas decisões poderiam ser caracterizadas como compra de votos, prática ilegal.

Entre os ministros que devem deixar suas cadeiras está a ministra Tereza Cristina, que também está em seu último ano de mandato como deputada federal (DEM-MS), e já confirmou que deixará a pasta para renovar o seu mandato de deputada ou tentar uma vaga ao Senado.

O ministro Anderson Torres, que entrou no lugar de André Mendonça, deve disputar uma vaga ao Senado pelo União Brasil. Ciro Nogueira (PP) tem, em 2022, seu último ano de mandato como senador pelo Piauí. Ele deve deixar a Casa Civil para se candidatar à reeleição pelo Senado.

Em seu último ano de mandato como deputado federal, o ministro da Cidadania João Roma (Republicanos-BA) tem planos de disputar o governo da Bahia. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas disputará uma vaga no Senado.

O ministro das Comunicações, Fábio Faria termina o seu mandato de deputado federal pelo PSD em 2022.

Já o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes é o plano B do presidente Bolsonaro para a disputa do governo de São Paulo. O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho deve deixar o cargo para disputar uma vaga no Congresso.

Na mesma linha, a ministra Flávia Arruda (PL) anunciou que disputará uma vaga ao Senado pelo Distrito Federal.

O ministro do Turismo, Gilson Machado, pode sair candidato, mas ainda não há definição sobre qual vaga ele disputará. O atual ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, deve disputar o Governo do Rio Grande Sul.

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