Manaus, 8 de dezembro de 2024
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Política

PF avalia pedir bloqueio de doações via Pix recebidas por Bolsonaro

Conforme as informações, os investigadores da PF suspeitam que parte dessas doações recebidas pelo ex-presidente tenham vindo de "laranjas".

PF avalia pedir bloqueio de doações via Pix recebidas por Bolsonaro

Imprensa internacional repercute operação da PF que prendeu aliados de Bolsonaro (Foto: Marcos Corrêa/Arquivo/Presidência da República)

Brasília (DF) – A Polícia Federal (PF) avalia pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) o bloqueio dos R$ 17 milhões arrecadados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), via Pix, enviados por seus eleitores e apoiadores.

Segundo apuração da âncora da CNN, Raquel Landim, a medida será solicitada caso apareçam indícios concretos de lavagem de dinheiro ou crime contra a economia popular.

Conforme as informações, os investigadores da PF suspeitam que parte dessas doações recebidas pelo ex-presidente tenham vindo de laranjas, na tentativa de “esquentar”, ou seja, encobrir a origem do dinheiro obtido a partir da venda de presentes oficiais recebidos pela Presidência da República.

No caso de crime contra a economia popular, a legislação poderia enquadrar Bolsonaro no trecho que fala sobre “obter ou tentar obter ganhos ilícitos em detrimento do povo, ou de número indeterminado de pessoas mediante especulações, ou processos fraudulentos”.

A CNN informou anteriormente que a Polícia Federal vai cruzar dados para tentar identificar, um a um, os doadores dos R$ 17 milhões que o ex-presidente recebeu via Pix.

Advogados ouvidos pela CNN avaliam que um possível pedido de bloqueio, antes do início de uma ação penal, pode ser polêmico. De acordo com eles, a Constituição prevê a presunção de inocência e que esse bloqueio seria uma punição antecipada.

Procurada, a defesa de Bolsonaro não se manifestou sobre a possibilidade de ter recursos bloqueados. Anteriormente, advogados do ex-presidente haviam dito que as doações via Pix eram “republicanas” e que os altos valores se justificavam pela popularidade do ex-presidente.

(*) Com informações da CNN

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