Manaus, 17 de maio de 2024
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Manaus, 17 de maio de 2024

Brasil

PF pede prisão do padre Robson por desvios de R$ 100 mil da igreja

O padre nega que tenha cometido qualquer irregularidade enquanto esteve no comando da Associação Filhos do Pai Eterno

PF pede prisão do padre Robson por desvios de R$ 100 mil da igreja

Foto: Reprodução

Goiânia, GO – A Polícia Federal acionou o Superior Tribunal de Justiça (STJ) com um pedido de prisão contra o padre Robson de Oliveira, por suspeita de desvio de dinheiro da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), em Trindade, região Metropolitana de Goiânia. O padre nega que tenha cometido qualquer irregularidade enquanto esteve no comando da entidade.

A defesa do clérigo afirmou que os fatos usados para fazer o pedido de prisão são antigos e que não há justificativa para a prisão. Os advogados também fizeram uma representação contra a solicitação da Polícia Federal. Em nota, o STJ disse que “não divulga informações sobre ações originárias em segredo de Justiça, as quais estão sob o comando dos respectivos relatores, sob pena de prejuízo ao andamento das investigações”.

A investigação contra a entidade da igreja começou quando ele ainda era reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno. Na época, ele teria criado associações para desviar mais de R$ 100 milhões em doações de fiéis para comprar fazendas, casa na praia e até um avião, assim apontou o Ministério Público.

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Durante a investigação do Ministério Público, o órgão encontrou áudios de uma conversa entre o padre e dois advogados, sobre um suposto pagamento de R$ 1,5 milhão a desembargadores do Tribunal de Justiça de Goiás, para receber uma decisão favorável em um processo envolvendo uma fazenda comprada pela Afipe.

Depois dos áudios serem vazados, toda investigação ficou a cargo do STJ. Em outubro de 2020, o Tribunal de Justiça determinou que as investigações fossem interrompidas, com a justificativa de que não estavam presentes os crimes apontados pelos promotores. Após a apresentação de recursos, o STJ decidiu em maio que as investigações seguissem bloqueadas.

Na época, o desembargador Olindo Menezes apontou que as prosas usadas pelo Ministério Público foram compartilhadas de maneira ilegal de outra apuração. Na noite desta quinta-feira (18), o MP recorreu da decisão e aguarda o julgamento do recurso pelo STJ.

(*) Com informações do G1

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