Manaus, 28 de março de 2024
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Política

Plínio critica procurador do MPF por decisão sobre BR-319

Ibama realizaria audiências públicas sobre o licenciamento ambiental da rodovia em quatro municípios; no entanto, foi impedido pelo MPF

Plínio critica procurador do MPF por decisão sobre BR-319

Vista de drone da BR-319 no trecho entre Igapó-Acú e Realidade. A rodovia, que não é asfaltada, é o único acesso por terra que liga Manaus ao resto do país. (Foto: Lalo de Almeida/Folhapress)

MANAUS, AM – O senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF) a respeito da rodovia federal BR-319, que liga Manaus a Porto Velho. A decisão, assinada pelos procuradores Rafael Rocha, Ana Carolina Haliuc, Fernando Soave, Júlia Sponchiado e Igor Spíndola, que obriga o Ibama a não realizar quaisquer discussões sobre o licenciamento ambiental do trecho do meio da rodovia antes da realização de estudos que abranjam toda a extensão da BR.

Para Plínio Valério, o procurador Rafael Rocha age “como militante ambiental. Não aprendeu a lição”. “Ainda estamos contando nossos mortos e centenas não teriam morrido se a BR-319 fosse trafegável. Ele insiste em manter nosso isolamento”, afirma o senador.

“Depois de usar todos os recursos para impedir a recuperação da BR 319, agora usam como último recurso a pandemia para impedir as audiências públicas exigidas para a concessão do licenciamento ambiental para as obras do ‘meião’ da rodovia. Isso num momento em que a vida volta ao normal”, aponta.

Leia mais: BR-319: DNIT publica edital para pavimentação de trecho da rodovia

As audiências promovidas pelo Ibama sobre os impactos ambientais estavam previstas para o período de 28 de setembro a 3 de outubro. Elas aconteceriam nos municípios de Manaus, Careiro Castanho, Manicoré e Humaitá, de forma presencial, e Borba, Beruri, Tapauá, Canutama e Brasília (DF), de forma híbrida. Manaus, Careiro, Manicoré e Humaitá são os que mais dependem, atualmente, da rodovia.

No entanto, o MPF considerou o momento atual da pandemia, com o registro de 260 novos casos de covid-19 na última quarta-feira (29), e a baixa cobertura vacinal contra o coronavírus, e determinou que as audiências não fossem realizadas.

Leia aqui a recomendação

Os procuradores ainda deram 10 dias para que o diretor de Licenciamento Ambiental do Ibama, Jônatas Souza da Trindade, informe se vai acatar ou não a recomendação do Ministério Público Federal. Caso descumpra a recomendação, pode ser alvo de multa e sanções administrativas e judiciais, além de ação de improbidade administrativa.

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