Manaus, 5 de maio de 2024
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Manaus, 5 de maio de 2024

Cenário

Plínio Valério: ‘Arthur e eu estamos muito distantes um do outro’

Em entrevista ao Amazonas1, o senador falou sobre a atuação no Senado, a relação com o ex-prefeito Arthur Neto e as perspectivas para 2022

Plínio Valério: ‘Arthur e eu estamos muito distantes um do outro’

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

MANAUS, AM – Vereador por quatro mandatos, Plínio Valério (PSDB) é uma das figuras mais icônicas da política amazonense. Nascido em Eirunepé, fez carreira e formação em Manaus e é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Aos 66 anos, ocupa, pela primeira vez, o cargo de senador da República – cargo para o qual foi eleito em 2018, depois de uma passagem pela Câmara Municipal de Manaus (CMM).

O amazonense é considerado um dos senadores mais atuantes na Câmara Alta brasileira [Senado]. Atual Ouvidor-Geral da Casa, o parlamentar foi eleito em 2018 com 809 mil votos, em uma dobradinha com Eduardo Braga (MDB), proporcionando uma renovação na bancada amazonense. Em 2021, ele foi alvo de polêmica, quando, nas prévias tucanas, declarou apoio no senador Tasso Jereissati (CE).

O Amazonas1 conversou com Plínio Valério sobre a trajetória no Senado, balanço da atividade parlamentar no último ano, e a pandemia do novo coronavírus, além das polêmicas dentro do ninho tucano e as apostas para as eleições de 2022. Confira a entrevista abaixo.

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Antes do Senado, Plínio Valério estava na CMM, onde esteve durante quatro mandatos. Foto: Divulgação

Amazonas1: Senador, diz-se que a sua trajetória é levemente meteórica. O senhor foi vereador por quatro vezes, deputado federal durante apenas um ano, e no último mandato de vereador, saiu direto para o Senado. A que o senhor credita essa confiança? O impacto foi maior ao ir para o Senado?

Plínio Valério: Minha carreira não é meteórica, não (risos)! O problema é que as pessoas só veem a gente quando estamos eleitos. Cheguei ao Senado com 36 anos de vida política, com muitas derrotas colecionadas, 14 eleições disputadas e 10 derrotas. Em Manaus, eu sempre fui bem votado, mas na contagem dos votos do interior, os demais candidatos passavam de mim.

Sobre a chegada ao Senado, não me causou quaisquer vaidades ou impactos. Sou uma pessoa muito honrada, tenho muito orgulho de ter chegado ao Senado. Mas eu recuso o termo “meteórico”. Creio que foi por insistência, persistência, acreditar no sonho, e tentar ser justo no caminhar. Nessas armadilhas que a vida nos impõe, temos que fazer curvas e contornar os caminhos para chegarmos ao lugar que queremos. Fui de vereador ao Senado porque Manaus é praticamente um estado. Como sempre fui bem votado em Manaus, creio ter sido por aí. Foram 635 mil votos só em Manaus, e 200 mil no interior.

AM1: O senhor está chegando à metade do mandato de senador pelo Amazonas. Consegue fazer um balanço da sua atuação nos últimos três anos?

Plínio Valério: Primeiro, a gente tem que mostrar ao eleitor que ser legislador é, acima de tudo, legislar, fiscalizar. No nosso caso, de senadores, sabatinar ministros, mas principalmente, legislar. Político que passa num mandato sem aprovar uma lei ou apresentar projetos não pode se gabar disso.

Na produção legislativa, tenho duas leis aprovadas: uma concede a autonomia do Banco Central, uma luta de mais de 30 anos; e outra inclui, na grade do ensino básico, o tema transversal da violência contra a mulher. Não é pouca coisa. Também foram 29 projetos e duas leis complementares. Sou o vereador mais assíduo, sem faltar nenhuma sessão. Fui relator de 72 projetos, e um desses relatórios foi o da Lei de Informática, que ajudou a Zona Franca. Penso que estou cumprindo com a função de legislador, fazendo, aprovando e relatando leis, discursando no plenário, defendendo a Zona Franca de Manaus e a BR-319.

Por outro lado, eu consegui indicar cerca de R$ 240 milhões pro (sic) Amazonas em emendas. R$ 95 mil já foram pagos e já estão circulando no estado. Não tem um só município que eu não tenha ajudado cinco vezes. Temos também a CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] das ONGs, que vamos lutar pela instalação durante esse [sic] ano de 2022. Então, penso que estou cumprindo a função legislativa e a função de cumprir recursos. Nada do que eu faço é favor, tudo é em pagamento ao que eu recebi.

AM1: Dá para dizer que os últimos dois anos foram diferenciados no contexto da política brasileira?

Plínio Valério: Esses dois anos realmente impactaram, inclusive na nossa produção. No fim de 2019, eu consegui editar um livro de 365 páginas com todos os nossos discursos. Em 2020 e 2021, pela ausência da tribuna e das sessões, a produção caiu. Os discursos de 2020 e 2021, juntos, não deram um livro de discursos. Impactou, com certeza.

A gente se acostumou, e eu não quero me acostumar a participar das sessões plenárias de longe. É muito cômodo porque você fica no seu estado ou qualquer outro lugar, e participa, mas é ruim porque falta o debate presencial, a discussão, enfim. Fora o fato de que impactou a vida do mundo inteiro, então o que a gente pode fazer? Como Casa Legislativa, conseguimos aprovar muitos recursos para a covid-19, além do que devia, porque foi mal gerido. O que podemos fazer agora é olhar para a frente, rezando para passar essa coisa da covid. O brasileiro precisa voltar a ter comida na mesa, precisa voltar ao trabalho, precisa voltar a ter esperança.

Eu defendo, de forma urgente, a votação da reforma tributária. Defendo para que a gente alivie a carga de impostos dos alimentos. Precisa ser barateado, para que todos possam voltar a comer com dignidade. Por isso, eu penso que estamos fazendo o nosso papel.

Viagem de vereadores do Careiro a Brasília não consta no Diário dos Municípios
Senador se reúne constantemente com vereadores e prefeitos do interior do Amazonas. Foto: Reprodução/Instagram

AM1: O senhor chegou a protagonizar uma certa polêmica durante as prévias do PSDB para a Presidência, ao apoiar Tasso Jereissati como candidato do PSDB em vez de Arthur Neto, que é seu conterrâneo. O senhor chegou a falar, na época, que era questão de “afinidade e convivência com o Tasso”. Mas volto a perguntar: houve algum conflito para que o senhor apoiasse o senador Tasso? Porque logo depois o senhor começou a apoiar o Arthur Neto.

Plínio Valério: O meu candidato era o Tasso. Ele tem o perfil perfeito para comandar essa nau em meio à tempestade. Tasso desiste, e a Executiva Nacional do PSDB apoia nitidamente o Eduardo Leite. Aí eu decidi apoiar o Arthur, porque era da região, porque temos história juntos, enfim.

Aí teve aquele episódio que não conseguimos votar. O Arthur foi para uma coletiva e foi mal na coletiva. Atacou o Eduardo Leite [governador do Rio Grande do Sul], atacou o Aécio [Neves, deputado federal por Minas Gerais]. Ficou claro para todos nós o que antes tínhamos dúvidas: de que ele estava a serviço do João Doria [governador de São Paulo]. Então eu disse “não voto mais no Arthur”, e votei no Eduardo Leite.

Foi um voto útil, porque nós não queríamos que fosse o João Doria. E o Arthur, o resultado mostrou, não estava de verdade disputando. Se ele não estava disputando, eu não podia desperdiçar o meu voto, porque o voto de senador valia muito. Votei no Eduardo Leite como voto útil. Ressalto que não o traí, porque sei que a esposa dele [Arthur, Elisabeth Valeiko Ribeiro] falou que eu traí. Eu acho que você trai companheiro, parceiro e causa. Você não trai uma pessoa que está distante, e eu e o Arthur estamos muito distantes um do outro. Não temos mais conversado, mas vamos ter que conversar agora, nas eleições.

AM1: Durante a CPI da Pandemia, o senhor chegou a pedir a instalação da CPI das ONGs na Amazônia. Por que motivo o senhor acredita que essas ONGs estariam envolvidas em atividades suspeitas?

É simples: o que elas arrecadam não chega na [sic] ponta. É uma certeza, não uma suspeita, de que algumas fazem essa prática. A CPI não vai demonizar nenhuma ONG e não vai ser uma inquisição. Mas nós temos provas concretas, e eu vivo e vejo isso nas emendas que faço, que o dinheiro que é arrecadado em nome da Amazônia por essas entidades não chega na [sic] ponta.

A gente quer saber o que é que essas ONGs estão fazendo aqui de verdade, porque são elas que acabam com a nossa imagem, são elas que dizem lá fora que a Amazônia está pegando fogo para poderem arrecadar dinheiro. E o cidadão europeu e o cidadão americano acabam dando dinheiro para essa gente que está enriquecendo. Estão aqui dentro usurpando o nosso direito e acabando com a nossa imagem. Até outro dia, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável (IDS) cuidava lá da região da Cabeça do Cachorro [no noroeste do Amazonas], do Alto Rio Negro, e fazia o papel da Funai [Fundação Nacional do Índio].

A gente quer saber também o que os barcos canadenses fazem na Cabeça do Cachorro, o que essas ONGs estão fazendo no meio do mato, pegando dinheiro, dizendo que estão ajudando, sendo que esse dinheiro não chega na [sic] ponta. Queremos saber quantas ONGs existe e quantas delas estão só enriquecendo. Essa gente se acha no direito de nos acusar de que estamos destruindo a Amazônia, de que não podemos gerir a Amazônia. Aí vem o [Emmanuel] Macron [presidente da França] dizer que a Amazônia é internacional, os idiotas vêm pregando essa hipocrisia, e o brasileiro acreditando que somos bandidos. Não somos vilões. Temos muita coisa boa, e não somos vilões.

Outra coisa: onde estava o Greenpeace, onde estavam essas ONGs, quando faltou oxigênio em Manaus? Estavam fazendo suas campanhas pelas baleias, pelas águas, e os nossos irmãos e irmãs morrendo. Estávamos contando os nossos mortos e eles fazendo campanhas pelas baleias. Que eles façam, mas que não venham dizer, no nosso quintal, o que é que nós temos que fazer. Vamos sair para mostrar que é hipocrisia, enganação, e que tem muita gente enricando em nome da Amazônia.

“Arthur e eu estamos distantes um do outro”, diz Plínio Valério. Foto: Divulgação

AM1: O senhor vai disputar algum cargo público em 2022? O senhor está num mandato confortável, de oito anos, e só se lançaria para renovar o mandato de senador em 2026…

Plínio Valério: Foram 635 mil votos em Manaus, 805 mil votos no estado. Teremos candidaturas do Eduardo [Braga] voltando, Wilson [Lima], que o povo não está satisfeito, e do Amazonino [Mendes] voltando. É normal e comum que quem votou em mim me cobre a participação na rua. Meses atrás, as pessoas me perguntavam e eu dizia que não, que estava no Senado e que estava feliz. Aí, comecei a dizer que admito a possibilidade, e que iria estudar. A pressão parou, e agora continua. Me cobram para que eu coloque meu nome como opção para governador. Estou feliz no Senado, estou tranquilo e realizei meu sonho. Mas eu vejo tanta coisa errada e feia e, por isso, talvez, a gente vai colocar o nome como opção. Até o final do mês, estou decidindo isso.

Agora, vai ser uma candidatura pra [sic] valer, para ganhar, e não para renovar o que está posto. Não pretendia ser governador, não pretendo, não tenho nenhuma vaidade em dizer. Não tenho desejo de ser governador. Topo uma missão, que vai ficar clara nos próximos dias. Se for missão, vou dizer sim, mas se não for missão, eu não tenho vaidade em dizer “não”. Estou bem onde estou defendendo o Estado, mas eu não posso, no meu casulo, na minha felicidade, cegar e não perceber o que tem de errado no Amazonas. O homem público não se pertence, o meu mandato eu devo a Deus: Ele me colocou no Senado, e Ele me tira na hora que ele quiser. Então, se for uma missão, vou me candidatar sim, mas essa decisão só vai ser tomada no início de fevereiro.

AM1: Durante uma entrevista à TV Norte, o senhor disse que estava conversando com alguns partidos sobre isso… Caso o senhor seja candidato, de fato, pretende deixar o PSDB? O que a gente percebe, pelas articulações, é que o PSDB tem um plano para lançar o vice-governador Carlos Almeida como candidato a governo. Caso o PSDB lance o Carlos Almeida, o senhor sairia do ninho tucano para disputar a eleição por outro partido?

Plínio Valério: Quem me conhece, sabe que eu continuo com a mesma humildade e continuo o mesmo. Mas é preciso dizer que o Carlos Almeida não tem mandato. Eu sou senador da República, o Arthur é ex-prefeito. O que vale na política é mandato. Com isso, estou dizendo que se a corda esticar, e vai esticar, se eu for candidato, será pelo PSDB. Se Carlos Almeida ou Arthur vão ficar com raiva, paciência. A gente tem que ir primeiro para o diálogo, claro, e ver quem tem maior viabilidade eleitoreira: um senador, que teve 805 mil votos, ou um vice-governador, que não teve nenhum voto?

Uma coisa eu digo: eu tenho o apoio integral da Executiva Nacional, da bancada no Senado e da bancada de deputados federais, quando eu decidir se eu saio candidato ou não. Então essa preocupação eu não tenho, de que eu vou ter problema. A corda estica e vai quebrar de um lado, e isso é normal na vida e na política. Agora, o Podemos, o Pros, o PDT e o PTB abrem as portas caso eu queira. Quem não quer um senador da República? Mas não, eu não pretendo sair do PSDB. Eu não sou daquela história de que “os incomodados que se retirem”. Eu posso estar incomodado, mas não vou me retirar, e vamos medir forças lá na frente. Quem tiver mais força, sai candidato.

Mas primeiro, preciso decidir se eu sou candidato. De que adianta eu falar tudo isso pra [sic] você e sair candidato, se eu não tomei minha decisão? Ao tomar a decisão, comunico ao partido e o partido vai decidir. Mas uma coisa eu digo: quem tem mandato, normalmente prevalece. Se eu não prevalecer, paciência. Se a corda quebrar do meu lado, eu teria seis opções. Se a corda não quebrar do meu lado, eu saio candidato. Mas eu preciso decidir, a corda vai esticar, e vai quebrar de um lado.

Plínio Valério
Nas prévias do PSDB em 2021, Plínio Valério apoiou Tasso Jereissati (CE), que acabou desistindo da disputa. Foto: Jane de Araújo/Agência Senado

AM1: O senhor falou que tem apoio da Executiva Nacional para 2022. Como o senhor avalia que está posto o cenário hoje? Temos o João Doria como candidato do PSDB à Presidência, e aqui no Amazonas, temos uma disputa entre o senhor, que votou no Eduardo Leite, e o Arthur, que votou e apoiou o João Doria. A gente percebe até que o cenário nacional influencia um pouco no cenário estadual.

Plínio Valério: Veja, o Doria não era o meu candidato nas prévias, mas se ele for candidato do PSDB, tem que ser meu candidato. Não posso trair o partido, é uma questão de ética. Na eleição passada, eu votei no [Geraldo] Alckmin. Até colocaram que eu era parceiro do Alckmin. O problema é que, o candidato do PSDB, seja ele qual for, sempre vai ter problemas no Amazonas. A questão da guerra fiscal entre São Paulo e Manaus ficou muito na minha geração. Seja qual for o candidato, seja Leite ou Doria, vai ter dificuldade aqui.

E eu não vejo como o Doria, como candidato, possa interferir aqui. Chegar para a Nacional e dizer “não, eu não quero o Plínio no Amazonas”? Ele não tem esse poder e não ousa dizer isso. Eu sou senador da República, o PSDB está satisfeito comigo. O Doria não foi meu candidato nas prévias, mas vai ser meu candidato na eleição-geral. Fazer o quê? Esse resquício de não ter votado nele não tem nada a ver. Não o queríamos, mas ele venceu, e agora é o nosso candidato.

Agora, admitir que o Doria possa interferir numa eleição aqui, é brincadeira. Não somos nós que precisamos dele, ele é quem precisa da gente aqui no Amazonas. Lá em São Paulo, eu preciso dele, mas no Amazonas, é o contrário. Essas coisas se resolvem, tudo se resolve numa boa conversa e diálogo. Se for do PSDB, é o meu candidato, como foram Alckmin e [José] Serra.

AM1: Como o senhor avalia o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL)?

Plínio Valério: O problema do Bolsonaro é a narrativa. Eu dou meu testemunho de que, na época da falta de oxigênio e no combate à covid-19, não faltou apoio do governo federal. Enquanto o Bolsonaro falava aquelas besteiras todas, o governo agia. Não faltou recursos. O que faltou aqui foi planejamento e gestão. E vamos ser justos: fomos pegos de surpresa com uma coisa que não se imaginava o tamanho que era.

O problema do Bolsonaro tem sido a narrativa. Eu tenho votado muitas vezes com ele porque em termos de Amazônia, ele defende que o homem amazônico seja valorizado, que é o que a gente também defende. Eu separo o Bolsonaro presidente com a sua narrativa da atuação do governo federal na Amazônia e no Amazonas. O governo federal ajuda muito a Amazônia, mas enquanto isso, ele fala muita besteira, e as pessoas pegam a besteira e vão para cima disso. Enquanto ele não parar com a narrativa que ele tem, ele ainda vai ter muito problema. Há uma diferença entre a narrativa do presidente e a atuação do governo federal, que tem sido excelente no Amazonas.

AM1: Quais são as suas perspectivas para o futuro da política amazonense, senador?

Plínio Valério: Ouvi de um grande amigo amazonense que tem destaque lá fora, quando fui me aconselhar, o seguinte: “Plínio, você precisa sair candidato, sim. Nós não podemos retroceder. Chegamos ao limite do retrocesso. O Amazonas retrocedeu até onde podia, e chegou ao fundo do poço. Se a gente permitir aceleração no retrocesso, a gente não vai ter como retomar o nosso caminho”.

Eu vejo por aí. Vejo as candidaturas postas como retrocesso, e o meu drama é esse: posso participar do processo e não vou? Como eu vou viver daqui para a frente se eu não colocar meu nome à disposição para que seja uma opção? A minha geração tem o dever de tentar dar um freio nesse retrocesso. Eu gostaria que aparecesse um candidato bom para eu ajudar. Não queria que fosse eu. Eu rezo para que Deus me ilumine e só me permita ser candidato se for para fazer o bem. Isso é certo. Se não for, que me impeça de ser candidato. Nossa missão é impedir esse retrocesso.

fato

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