Empresário William Lauschner durante seu depoimento no julgamento de Gustavo Sotero (Foto: Éricles Albuquerque/Amazonas1)
O empresário William Lauschner, proprietário do Porão do Alemão, casa noturna onde o delegado Gustavo Sotero matou o advogado Wilson Justo Filho em 2017, disse em depoimento que a limpeza do local do crime, antes da chegada da perícia, foi ordenada por um delegado. William foi a quinta testemunha a depor nesta quarta-feira, 27, no Fórum Ministro Henoch Reis, onde fica a 1ª Vara do Tribunal do Júri, na Zona Centro-Sul de Manaus, sobre o ocorrido naquela madrugada.
Ao ser interrogado pelo promotor George Pestana, do Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), o empresário disse não se lembrar do nome preciso do delegado, apenas supôs ser chamado de “Mozart” e, que, ele esteve no local do crime logo após o ocorrido, informando-lhe que não teria necessidade de lacrar a área já que a vítima, Wilson Justo Filho, não teria morrido ali, ordenando a liberação do ambiente para limpeza dos sangues.
Lauschner informou que na hora dos disparos de Sotero, ele estava em sua casa e foi avisado sobre a confusão por sua secretaria, levando 15 minutos para chegar em seu estabelecimento. O empresário declarou que naquela noite mais de 700 pessoas estariam ali, disse também conhecer Sotero por ele ser um frequentador rotineiro da casa noturna, mas nunca teve contato próximo com o delegado.
Para o advogado de Sotero, Cláudio Dalledone Júnior, William Lauschner explicou o método de abordagem que a casa noturna adotava às pessoas e autoridades que possuem licença e porte de arma. Em seu depoimento, William Lauschner disse que há um regulamento interno da casa, em que todos são protocolados com as descrições das características da armas, balas e registros.
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