Manaus, 18 de junho de 2024
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Cidades

‘Não faço juízo de valor, eu narro fatos’, diz delegado durante júri

O delegado Alessandro Albino negou a possibilidade de uma possível ordem vinda dele, para que o local fosse lavado antes da perícia

‘Não faço juízo de valor, eu narro fatos’, diz delegado durante júri

Delegado Alessandro Albino durante depoimento no segundo dia de julgamento do Caso Sotero (Márcio Silva / Amazonas1)

O delegado Alessandro Albino, que é concursado da polícia desde 2011 em Manaus, foi a quinta testemunha a ser ouvida desta quinta-feira, 28, e a durante segundo dia julgamento do delegado Gustavo Sotero, no Tribunal do Júri, no Fórum Ministro Henoch Reis. No total, desde essa quarta-feira, 27, treze pessoas envolvidas no caso já prestaram depoimento.

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Albino, que é bacharel em direito, atuava como supervisor de polícia à época do crime, em novembro de 2017, que levou a morte o advogado Wilson Justo Filho. Segundo o delegado em depoimento para o promotor de Justiça George Pestana, que representa o Ministério Público do Amazonas (MP-AM), ele e a delegada Joyce Coelho estavam no comando das investigações iniciais na noite do crime, mas foi Joyce quem fez todas as perguntas aos suspeitos. “Minha função era acompanhar as oitivas e pacificar os acessos”, disse Alessandro.

Questionado sobre se fez juízo de valor ao configurar o crime, o delegado disse que não. “Eu narro fatos”, disse.

Sobre o dia do crime, o delegado revelou no plenário, quando confrontado por George Pestana, que tipificou que Sotero atirou e atingiu outras vítimas. Alessandro negou a possibilidade de uma possível ordem vinda dele, para que o local, o Porão do Alemão, fosse lavado antes da perícia.

“Trabalhamos com fatos, com sangue quente e não com papel, iguais numa promotoria de justiça. E na hora precisávamos tomar uma atitude”, comenta. Interrogado