Manaus, 5 de maio de 2024
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Cidades

Policiais viram réus por suspeita de chacina em Manaus

Os promotores de Justiça denunciaram os policiais militares pela prática do crime de homicídio qualificado

Policiais viram réus por suspeita de chacina em Manaus

Crime deixou quatro mortos (Foto: Divulgação/Redes Sociais)

Manaus (AM) – A pedido do Ministério Público do Amazonas (MPAM), o juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri Popular, Fábio Lopes Alfaia, acatou, na última terça-feira (21), que os 16 policiais envolvidos na chacina AM-010, ocorrida em dezembro de 2022, virem réus do caso.

A denúncia foi oferecida pelo MPAM, no dia 8 de março, e assinada pelos promotores de Justiça Armando Gurgel Maia, Clarissa Moraes Brito, Lilian Nara Pinheiro de Almeida e Marcelo de Salles Martins.

Os promotores de Justiça denunciaram os policiais militares pela prática do crime de homicídio qualificado pelo recurso que impossibilitou a defesa das vítimas, por quatro vezes, considerando a quantidade delas.

Em decisão, o magistrado alegou: “De forma dolorosa, esses agentes policiais militares de serviço participaram da execução mediante divisão de tarefas e colaboração recíproca para prática dos homicídios contra as vítimas: Alexandre do Nascimento Melo; Valéria Pacheco da Silva; Diego Máximo Gemaque e Lilian Daiane Gemaque – que foram levados no final da prática criminosa para o ramal Água Branca com uso do próprio veículo que estavam, provocando-lhe ferimentos os quais foram as causas eficientes de suas mortes”.

RELEMBRE O CASO

Quatro pessoas, dois homens e duas mulheres, foram encontradas mortas dentro de carro no dia 21 de dezembro de 2022, na Rodovia AM-010.

A rodovia estadual liga a capital Manaus às cidades de Rio Preto da Eva e Itacoatiara. Os corpos foram encontrados com diversas marcas de agressão, além de terem sido baleados.

Em 24 de dezembro do ano passado, 12 policiais foram presos, suspeitos de envolvimento no crime. Mas foi por volta das 14h do mesmo dia, os presos chegaram à Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), acompanhados de vários policiais da Rocam, grupo de polícia do qual os presos faziam parte.

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