Manaus, 11 de maio de 2024
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Cenário

Políticos do AM repercutem leitura da carta em defesa da democracia

A carta que ultrapassou 950 mil assinaturas foi lida na manhã desta quinta-feira (11), em São Paulo

Políticos do AM repercutem leitura da carta em defesa da democracia

Foto: Reprodução

Manaus – A leitura da carta em defesa da democracia, nessa quinta-feira (11), movimentou o cenário político – o que não foi diferente entre os políticos do Amazonas. O documento foi publicado no fim do mês de julho, oito dias depois do encontro do presidente Jair Bolsonaro (PL) com embaixadores estrangeiros, no qual fez afirmações falsas quanto ao sistema eleitoral brasileiro.

O texto ultrapassou 950 mil assinaturas, entre elas, de advogados, políticos, ex-ministros e candidatos às Eleições 2022. A carta lida na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo faz referência à “Carta aos Brasileiros de 1977”, redigida pelo professor da universidade, Goffredo Telles Júnior, durante o período da ditadura – período em que foi considerada um marco na resistência ao regime militar.

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Desde que ganhou repercussão, o presidente Bolsonaro tem criticado a carta, afirmando que o Brasil não precisa de uma ‘cartinha’. Inclusive, nessa quinta-feira, o presidente ironizou o ato que reuniu centenas de pessoas durante a leitura.

No entanto, não foi somente o presidente que ironizou a manifestação. Apoiadores dele, como o ministro Ciro Nogueira e o empresário Luciano Hang também publicaram sobre o ato, relacionando a carta ao ex-presidente Lula (PT).

Ao Portal AM1, o candidato ao Senado Coronel Alfredo Menezes (PL) e apoiador do governo Bolsonaro, no Amazonas, afirmou que “a maior carta da democracia chama-se Constituição Federal, é essa que eu sigo e respeito”.

Foto: Divulgação / Assessoria

Oposição

Já o vereador Sassá da Construção Civil (PT) ressaltou que apoia a carta em defesa da democracia. Ao Portal AM1, ele destacou que o presidente tem feito ataques contra entidades, o que é o contrário de ser democrático.

“A maioria do povo brasileiro não aceita a ditadura, aceitamos a democracia. Democracia não é ameaçar o Supremo, é respeitar as entidades”, disse. Ainda segundo ele, o apoio dos políticos, políticos e até mesmo da imprensa tem deixado Bolsonaro “desesperado”.

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Foto: Reprodução / YouTube / CMM

“Ele está desesperado. Está chamando o povo doente dele para irem às ruas no dia 7 de setembro”, afirmou o vereador de Manaus ao comentar o convite do presidente aos apoiadores, no que ele classifica como uma defesa da liberdade.

“Democracia se chama diálogo, Não é convidar o Exército para tentar tomar conta do país […]. Esse presidente nunca trabalhou de carteira assinada, o que fez foi fazer parte do Exército e ainda foi expulso, e tentando armar a população. Na democracia, vence quem tem diálogo e não quem tem arma e pedindo para fechar o Congresso!”, comentou.