MANAUS – Prefeitos de municípios do sul do Amazonas viajaram a Brasília, nessa segunda-feira (17), para solicitar apoio da bancada parlamentar do estado e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) contra ações predatórias de impacto ambiental na região.
De acordo com o presidente da Associação Amazonense de Municípios (AMM), Anderson Souza, o principal problema é a atuação de madeireiros em Matupi, região de Manicoré, e Apuí.
“Tem pecuarista que desmatou área de assentamento de produtores familiares em 100%, daí a necessidade de fazer um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com eles, os prefeitos e governador (Wilson Lima)”, explicou. “Iremos mostrar o impacto ambiental no território de cada município, que em geral representa um pouco mais de 5% da área”.
O TAC é um procedimento utilizado pelos órgãos públicos para a correção de condutas contrárias à lei. Prefeitos dos municípios de Boca do Acre, Pauiní, Lábrea, Tapauá, Canutama, Apuí, Novo Aripuanã e Humaitá, também, integram a mobilização.
Focos de calor
Estudo realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe), por meio do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), apontou que Apuí e Lábrea figuraram entre as áreas de maior desmatamento, no período de janeiro a julho do ano passado.
A região do sul do Amazonas já é reconhecida como foco de outros ilícitos ambientais, como queimadas e incêndios florestais, motivados pela expansão descontrolada da agropecuária na fronteira com o estados do Acre e Rondônia.
Os governos federal e estadual implementaram parceria para combater a destruição da floresta e a grilagem, como a Operação Tamoiotatá. “Uma média de 80% de todos os focos de calor e alertas de desmatamento estão concentrados no sul do Amazonas, sendo a maioria em áreas de gestão federal. Essa integração é fundamental para que a gente possa reduzir os dados que temos obtido até agora”, afirmou o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira.
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