Manaus, 5 de maio de 2024
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Cenário

Primo de Beto D’Angelo é condenado a prisão por entrar sem máscara em escola

A condenação do vereador Gerson D’Angelo abrangeu acusações de ameaça, desacato e infração de medida sanitária preventiva durante a pandemia.

Primo de Beto D’Angelo é condenado a prisão por entrar sem máscara em escola

VEREADOR GERSON DANGELO (FOTO: Divulgação/Facebook do vereador)

Manaus (AM) – O vereador de Manacapuru, Gerson D’Angelo (Republicanos), foi condenado a dois anos de prisão pela Justiça, em decorrência de ter entrado sem máscara em uma escola durante a pandemia de Covid-19 e proferido ofensas ao segurança e ao diretor no local.

A decisão proferida pelo juiz Marco Plazzi Palis atendeu ao pedido do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) e determinou a pena de prisão em regime inicialmente aberto para o vereador, que, vale ressaltar, é primo do prefeito do município, Beto D’Angelo (Republicanos).

O incidente ocorreu em 2021, durante uma sessão plenária da Câmara Municipal, que estava temporariamente instalada na Escola Municipal Zoraida Ribeiro Alexandre devido à cheia do rio Solimões.

Na ocasião, o vereador ameaçou o gestor da escola, Jackson Azevedo, por não querer usar a máscara de proteção contra a covid-19. O gestor da escola foi retirado do cargo logo após a discussão, mas foi posteriormente reconduzida ao cargo mediante determinação judicial.

A condenação abrangeu acusações de ameaça, desacato, infração de medida sanitária preventiva e exercício arbitrário das próprias razões. Ressalta-se que ainda cabe recurso.

A promotora de Justiça Karla Cristina da Silva Sousa, que atuou no caso, destacou a importância de reprimir com severidade atitudes abusivas como as investigadas neste processo, afirmando:

“É importante que a sociedade saiba que atitudes abusivas, como as apuradas neste processo, merecem reprimenda justa a serem combatidas com severidade”.

Salário

Recentemente, o vereador chamou a atenção ao cobrar um aumento salarial para vereadores em meio a uma situação de emergência ambiental que se encontra o município devido à seca histórica que castiga a maior parte do Amazonas.

“É interesse de todos os vereadores com relação às mudanças de salário, aumento na Câmara. Tem alguma previsão? Tive agora discutindo com o vereador Sabãozinho, vereador Tororó e vereador Ivan da Lancha e o tempo está encurtando e a gente precisava de uma posição da presidência para ver quando que vai entrar em pauta essa propositura”, questionou o vereador na época.

Contudo, o pedido foi negado pelo presidente da Câmara, Thuco Benício, alegando não ser o melhor momento para se votar aumento salarial dos próprios parlamentares.

“Com toda essa estiagem que nós estamos vivendo, com essa dificuldade do povo do interior, da zona rural, não acho viável aumentar salário de vereador em um momento como esse”, disse Tchuco Benício.

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