Manaus, 29 de abril de 2025
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Cenário

Racha no PT-AM pode prejudicar plano de Marcelo Ramos para 2026

O ex-deputado federal, que hoje é filiado ao PT, disse que é preciso que os membros do PT no Amazonas tenham mais juízo. Sinésio Campos e Sassá da Construção Civil são alvos de polêmicas.

Racha no PT-AM pode prejudicar plano de Marcelo Ramos para 2026

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Brasília (DF) – O ex-deputado federal Marcelo Ramos (PT) afirmou ao Portal AM1 que a divisão no Partido dos Trabalhadores pode prejudicar sua candidatura em 2026. A entrevista ocorreu nessa terça-feira (25), na capital federal.

Para o petista, a sigla precisa se concentrar em ter um “projeto estratégico” que una o partido. Nos últimos meses, Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará também sofrem com o racha interno.

Em janeiro, o ex-deputado federal e vereador José Ricardo (PT) sugeriu a saída de dois integrantes do PT, para “melhorar a imagem” da sigla em Manaus e no Estado.

“A gente aceita as críticas; o PT também tem problemas e tem pessoas que eu gostaria que saíssem para poder melhorar a imagem do partido, justamente no Amazonas e em Manaus,” disse o ex-deputado à mídia local.

O presidente estadual do PT, deputado Sinésio Campos, é um deles. Há suspeita de que ele teria integrado um esquema de compra de votos nas Eleições de 2024. Campos e uma assessora foram flagrados pela Polícia Federal com dinheiro em espécie no Aeroclube de Manaus.

Os R$ 20 mil encontrados pela PF não tinham comprovação de origem. Na época, o petista afirmou que o recurso era parte de seu próprio salário usado para pagar despesas de assessores. O episídio rendeu o afastamento temporário do comando da sigla.

Outro nome é o do ex-vereador Sassá da Construção, que recentemente provocou um escândalo ao apresentar um diploma do Ensino Fundamental, que seria falso. O documento foi entregue à Justiça Eleitoral em 2024.

Para o ex-deputado, é preciso “juízo dos seus principais quadros”, e os integrantes do partido precisam traçar uma estratégia de união para que a Sigla retome o protagonismo e reverta o resultado das urnas de 2024 que “condenaram” o presidente Lula.

“Um partido dividido é um partido que tem pouca capacidade de se unificar no que é importante. Uma sigla unida, em torno de reverter o resultado muito adverso do presidente Lula, em Manaus, na eleição de 2024, para que o partido volte a alcançar o cociente eleitoral para eleger deputado federal.

Além disso, o ex-parlamentar afirmou que o partido precisa recuperar o respeito para disputar uma vaga na chapa majoritária, seja de vice-governador ou Senado.

Marcelo Ramos afirmou ao Portal AM1 que existe um desejo pela disputa de 2026 ao Senado Federal, mas deve seguir a decisão do senador Omar Aziz (PSD) que é o líder da bancada no Congresso Nacional e caminha para disputar o governo do estado.

“É uma decisão que eu ainda não tomei (…), vou conversar com os meus companheiros de partido, com o senador Omar, que é o líder dessa base do presidente Lula em Manaus, para tomar uma decisão. O meu desejo pessoal é de disputar uma eleição para o Senado, mas eu farei o que é melhor para o projeto do presidente Lula,” disse o ex-parlamentar.

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