
Adail Filho Sidney Leite e Saullo Vianna participam do GT da Reforma Tributária (Fotos: Reprodução/Câmara/ Redes Sociais)
Brasília (DF) – O Grupo de Trabalho da Reforma Tributária completa dois meses de atuação nesta sexta-feira (28). Ao todo, foram realizadas 30 reuniões, entre visitas e debates, dos quais 12 foram realizados em forma de audiência pública na Câmara dos Deputados, com a visita de autoridades e especialistas para debater o futuro do sistema tributário nacional, totalizando 36 horas de discussões.
A um mês para a entrega final do relatório do GT para o plenário da Câmara dos Deputados, com a expectativa de votação ainda neste semestre, o Portal AM1 avaliou a desenvoltura dos parlamentares que representam o Estado, no grupo formado pelos deputados: Adail Filho (Republicanos-AM), Sidney Leite (PSD-AM) e Saullo Vianna (União-AM).
Conforme apurado pela reportagem, os amazonenses usaram o poder de fala somente por 49 minutos, 14s segundos e quatorze segundos durante as reuniões, que somadas, chegam a ter duração de três dias. Ao todo, a bancada amazonense no GT teve apenas 1,36% de representatividade.
Bico fechado
Como se não fosse o bastante falar pouco, das 12 audiências públicas promovidas na Casa Legislativa, em seis, os amazonenses sequer falaram algo.
Um dos episódios mais marcantes – ao longo desses dois meses – foi noticiado como furo de reportagem pelo Portal AM1, no dia 4 de abril, quando a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), visitou a comissão e chegou questionar, abertamente, os benefícios fiscais da Zona Franca de Manaus (ZFM), sem a presença de nenhum deputado do Estado. Momentos depois, os três marcaram presença, mas ainda assim não usaram a fala, fazendo seus posicionamentos por meio das redes sociais após a “pressão” social da notícia.
SP na frente
O Amazonas conta com o segundo maior número de parlamentares representados por estado, ficando apenas atrás de São Paulo, que conta com quatro deputados: Ivan Valente (PSOL-SP); Jonas Donizette (PSB-SP); Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) e Vitor Lippi (PSDB-SP).
Ao contrário dos amazonenses, os paulistas fazem muitos pronunciamentos e defesas sobre o sistema tributário, chegando ao total de 2 horas e 6 minutos de fala, 83% a mais que os nortistas.
Bastou apenas as duas primeiras reuniões para os deputados do sudoeste baterem o tempo de fala dos amazonenses, com pronunciamentos de 23 minutos e 7 segundos na abertura das discussões do GT, em fevereiro, e 20 minutos e 57 segundos na segunda discussão no parlamento.
Veja o tempo de fala de cada deputado do AM:
Adail Filho: 03 minutos e 27 segundos
Saullo Vianna: 03 minutos e 16 segundos
Sidney Leite: 42 minutos e 31 segundos
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