Manaus, 8 de maio de 2024
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Manaus, 8 de maio de 2024

Cidades

Rodoviários desafiam a Justiça e prometem greve nesta terça em Manaus

Rodoviários desafiam a Justiça e prometem greve nesta terça em Manaus

(Foto: Reprodução)

O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano e Rodoviário de Manaus desafiou a Justiça, confirmando que haverá greve no serviço, por tempo indeterminado, a contar desta terça-feira, 29. O aviso informando à população sobre a paralisação dos serviços, foi publicado no último sábado, 26, mesmo dia em que o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) acatou o pedido do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), para suspender a decisão sindicalista. Pelo menos outras nove greves já foram deflagradas pela entidade de classe, só em 2018, na capital, informou o órgão.

O sindicato poderá ser multado em R$ 30 mil

O sindicato poderá ser multado em R$ 30 mil. (Foto: Reprodução)

A desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 11º Região, Ruth Barbosa Sampaio, determinou em liminar que, em caso de descumprimento da ordem judicial, o Sindicato dos Rodoviários poderá ser multado em R$ 30 mil por hora de paralisação, além da configuração do crime de desobediência. Por fim, a magistrada determinou o uso de forças policiais para cumprir a liminar, caso haja necessidade.

O transporte coletivo de Manaus opera com nove empresas, em 229 linhas, e transporta em média 750 mil pessoas por dia. A paralisação atinge serviços essenciais, como os relacionados à educação e saúde na capital.

As paralisações realizadas em Manaus, ao longo deste ano, foram de parcial a geral. Algumas duraram cerca de 20 minutos e afetaram apenas parte dos bairros da cidade.

A definição pela greve ocorreu em assembleia geral, no último dia 25. De acordo com o aviso de greve, publicado no último sábado, o motivo da paralisação é o desinteresse das empresas de Manaus, em negociar instrumento normativo 2018/2019, ou acordar na Justiça a negociação em favor da categoria. O sindicato alega que os trabalhadores não podem ter seus direitos trabalhistas “mitigados ou suprimidos pelo bel prazer das empresas” e que a greve é o único direito em favor da categoria, para pleitear melhorias e terem seus pleitos atendidos.

“Estamos abertos para negociar nossa pauta de reivindicações até o último instante, para evitar essa paralisação”, alega, em um trecho do aviso, o presidente do Sindicato, Givancir Oliveira.