Manaus, 19 de maio de 2024
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Manaus, 19 de maio de 2024

Política

‘Se tirar o centrão, para onde vou?’, diz Bolsonaro sobre filiação ao PL

'São 513 deputados e 81 senadores. Essa é minha lagoa, esses são os peixes na minha lagoa que tenho que convencer a votar nas minhas propostas', disse o presidente

‘Se tirar o centrão, para onde vou?’, diz Bolsonaro sobre filiação ao PL

Foto: Reprodução

Brasília/DF – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se posicionou e se defendeu, nesta terça-feira (9), sobre sua filiação ao Partido Liberal (PL). Durante entrevista ao site Cidade Online, Bolsonaro mostrou uma manchete que associa a sigla ao centrão e disse que recebe ‘pancada’ da imprensa em qualquer decisão.

“É pancada o tempo todo, imprensa e qualquer lugar. O que eu tenho que fazer? Tocar o barco. Se eu ceder, já era. O pessoal critica que o cara está conversando com o centrão. Quer que eu converse com o Psol, PC do B que não é centrão?”.

Bolsonaro completou que os congressistas do centrão são peixes da lagoa que ele precisa convencer. Durante a campanha, o presidente disse que seria eleito para acabar com a política do toma lá dá cá. Teve até música do ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), General Heleno, que criou a paródia ‘se gritar pega centrão, não fica um meu irmão”.

“São 513 deputados e 81 senadores. Essa é minha lagoa, esses são os peixes na minha lagoa que tenho que convencer a votar nas minhas propostas. Quando se fala em centrão, fui do PP por 20 anos. Essa é a política brasileira, são as condições do campo que você vai ter que entrar para jogar”, disse.

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O chefe do Executivo declarou ainda que, “se quiser disputar as eleições”, precisa definir logo sua legenda.

“Se você tirar o centrão, tem a esquerda, para onde é que eu vou? E tem que ter um partido se eu quiser disputar as eleições do ano que vem. Eu não leio jornal, pessoal traz para mim uma matéria ou outra”.

Bolsonaro definiu nessa segunda-feira (8) que será o PL o partido pelo qual deve disputar a reeleição em 2022. A decisão veio após o chefe do Executivo passar quase 2 anos sem sigla. Ele saiu do PSL (Partido Social Liberal), no qual se elegeu, em novembro de 2019. Desde então, tentou criar o Aliança pelo Brasil, sua própria legenda, mas não conseguiu número de assinaturas suficientes.

O presidente ligou para Valdemar Costa Neto confirmando que iria à sigla. Aliados foram informados também na segunda.

Com as eleições cada vez mais próximas, Bolsonaro começou a corrida para escolher dentre os partidos já existentes. Bateu o martelo com a sigla de Valdemar Costa Neto depois de tentar, sem sucesso, com PMB, Patriota, PRTB, PTB e PP.

Prioridades: Senado

Antes da entrevista, em conversa com apoiadores, Bolsonaro afirmou que, no PL, priorizará suas indicações para o Senado em 2022.

“Vou priorizar da minha parte o Senado, não queiram tudo, porque o partido não é meu. Tem outra pessoa lá que faz acordo comigo e nós temos que alinhar nossos objetivos, só isso”, disse em frente ao Palácio da Alvorada.

“Devo decidir [sobre a filiação] nesta semana. Tem que ter um partido. Vão me criticar. E esse partido? Todos os partidos têm problemas, não consegui fazer o meu, burocracia cresceu muito e foi impossível. Está quase certo com o PL, tem mais uma conversa para acertar um Estado ou outro para partir para as eleições”, disse.

(*) Com informações do Poder 360

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