Depois de repercutir muito mal nas redes sociais a informação de que escolas estaduais estão paradas por falta de merenda, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) diz que investiu R$ 75 milhões e que está com os depósitos cheios. Para o Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical), é preciso investigar em que foi gasto esse dinheiro, pois as escolas estão com os depósitos vazios, as merendeiras estão trabalhando precariamente e os diretores são orientados a tirar dinheiro do próprio bolso.
“Acreditamos que o governo tenha gasto este valor, sim, mas não acreditamos que tenha sido para compra da merenda escolar”, afirmou o coordenador financeiro da Asprom, Lambert Melo.
De acordo com o professor, os diretores de escolas estão sendo orientados pelas coordenadorias de educação a não suspender as aulas por falta de merenda, “para transparecer que está tudo bem”, afirmou Lambert. “A determinação é para que o diretor tire do próprio bolso para comprar o complemento”, disse.
Denúncia no MP-AM
Questionado pelo Amazonas1 sobre um posicionamento do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), sobre a situação, o presidente da instituição, Marcus Libório, informou que uma denúncia sobre a falta de merenda na capital e principalmente no interior do Estado foi encaminhada pelo sindicato ao Conselho Estadual de Alimentação Escolar, que, segundo ele, cobrou um posicionamento da Seduc. Que na ocasião afirmou estar resolvendo o problema.
No entanto, Libória informou que o sindicato deve ainda esperar até o fim deste mês para encaminhar a denúncia ao Ministério Público do Estado (MP-AM).
Segundo a Seduc, o valor investido em merenda será ampliado “assim que a secretaria finalizar outros processos de compra de itens”, mesmo com os “depósitos cheios”, como afirma.
De acordo com a Pasta, a merenda oferecida aos estudantes conta com recursos federais provenientes do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), além de recursos estaduais do Programa de Regionalização da Merenda Escolar (Preme) e também da agricultura familiar.
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