Brasília (DF) – Em debate sobre as prioridades do Ministério da Cultura (MinC) na Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (3), a ministra Margareth Menezes afirmou ter preocupação sobre como serão realizados os gastos de recursos do órgão.
De acordo com a ministra, desde janeiro, tais recursos estão acumulados em R$ 1 bilhão pela Lei Rouanet e mais R$ 3,86 bilhões pela Lei Paulo Gustavo, destinada para estados, municípios e ao Distrito Federal.
Ela também afirmou que uma das maiores preocupações dela é sobre como os recursos bilionários serão repassados para os estados e municípios.
Na ocasião, Margareth Menezes também comentou sobre o repasse de recursos pela Lei Paulo Gustavo, que segundo ela, ainda conta com uma centralização de empresas nas regiões Sul e Sudeste do país. A ministra afirmou que tem a intenção de destinar os recursos para outras regiões do país.
“É necessário que haja diálogo e o ministério está em diálogo com as empresas para promover essa consciência e a gente conseguir fazer essa distribuição melhor da Lei Rouanet também. Porque esse marco regulatório que queremos é, justamente, para auxiliar essa distribuição”, ressaltou.
Apelo
Sem detalhar como o repasse dos recursos seria feito aos Estados e municípios, a ministra chegou a afirmar que 2023 será um ano especial para a cultura, mesmo sem estudos prévios a respeito da destinação dos valores.
As falas da ministra demonstraram desconhecimento a respeito das políticas públicas culturais; falta de projetos para descentralização dos recursos e, ainda, a preocupação em enaltecer a atual equipe ministerial.
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