Foto: Arquivo / Portal Amazonas1
MANAUS, AM – Contratada há mais de cinco anos para realizar serviços especializados e continuados de conservação e limpeza nos logradouros públicos da capital amazonense, a empresa Mamute Conservação, Construção e Pavimentação LTDA já arrecadou dos cofres públicos um pouco mais de R$ 189,4 milhões.
O contrato mais recente, firmado entre a prefeitura e a Mamute, concretizou-se em maio, no valor de 40.621.594,22 (quarenta milhões, seiscentos e vinte e um mil, quinhentos e noventa e quatro reais e vinte e dois centavos) e encerrou nessa terça-feira (16). Até então, não houve licitação para o chamamento de novas empresas a um certame.
Sócios envolvidos em escândalos
Além do contrato milionário, fechado em maio deste ano, os sócios e relacionados à empresa têm os nomes citados em denúncias e investigações da Polícia Federal e do Ministério Público do Amazonas nos últimos anos.
A empresa foi fundada em 2013 de forma associada entre Carlos Edson Guedes de Oliveira Junior e Alberto Sérgio Gonçalves da Silva, com capital inicial de R$ 6,18 milhões, sendo majoritário de Carlos. Era ele quem tinha os direitos de administrar toda a empresa.
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Em 2014, de acordo com investigações da Polícia Federal, Edson foi acusado de ter recebido cerca de R$ 300 mil do ex-governador José Melo, preso em 2017 durante a Operação ‘Maus Caminhos’.
Em 2017, um terceiro sócio foi incluso na sociedade da empresa, no caso, Leland Juvêncio Barroso Neto, parente do ex-superintendente do Ibama, José Leland Juvencio Barroso, preso em 2019 durante operação da PF para desarticular esquema de corrupção responsável por extração ilegal de madeira na floresta amazônica.
‘Não sabe de nada‘
Em visita à Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), na manhã desta quarta-feira (17), o secretário municipal de Limpeza Pública (Semulsp), Sabá Reis, disse que o processo licitatório está sendo feito; porém, disse não saber se a Mamute será recontratada.
“Os procedimentos para uma nova licitação estão a caminho, vai ocorrer, não tem jeito. Porque isso é o caminho natural para que haja uma nova licitação”, disse Reis.
Questionado sobre a recontratação da empresa, Sabá Reis disse apenas que não sabe de nada sobre o assunto. “Não sei, porque o que depende é a necessidade da secretaria, por conta de que [sic] o trabalho que eles fazem é um serviço essencial”, disse Sabá Reis.
Sem retorno
A equipe de reportagem do Portal Amazonas1 procurou a Prefeitura de Manaus para saber mais informações sobre a licitação, que também não consta no site da Comissão de Licitação; todavia, não houve retorno.
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