Manaus, 8 de maio de 2024
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Sem reajuste a professores, economia de Itacoatiara recua R$ 5,4 milhões

Por conta da falta do reajuste, professores têm realizado diversas manifestações na cidade para pressionar a prefeitura.

Sem reajuste a professores, economia de Itacoatiara recua R$ 5,4 milhões

(Foto: Bruno Pacheco/ O Login da Notícia)

Itacoatiara (AM) – Em seis meses, pelo menos cerca de R$ 5,4 milhões deixaram de circular na economia de Itacoatiara (a 270 quilômetros de Manaus), no interior do Amazonas, com a falta do reajuste no piso salarial de 14,95% de professores da rede municipal, que ainda não foi anunciado pela prefeitura. A estimativa é do Sindicato dos Profissionais em Educação da cidade (Sinpemi).

De acordo com o assessor jurídico do sindicato, o advogado Leandro Negreiros, Itacoatiara tem aproximadamente 1,8 mil trabalhadores da Educação, entre efetivos e temporários, que poderiam ter recebido, pelo menos, R$ 500 a mais, mensalmente, na folha de pagamento, entre os meses de janeiro a junho de 2023. No total, seriam, no mínimo, R$ 3 mil por profissional durante o período, se a prefeitura tivesse realizado o aumento no piso da categoria.

“A gente não tem um número cravado. Mas, temos aproximadamente essa quantidade. E esse valor é por baixo, não leva em conta as progressões, regência de classe e auxilio localidade. Estamos somente falando do valor seco”, declarou Negreiros.

O reajuste salarial é a principal reivindicação dos professores, que esperam o cumprimento da portaria N° 17, publicada em janeiro deste ano pelo MEC, em que o governo federal estabelece o reajuste de 14,95% no piso salarial da categoria em todo o país. Desde o período, o valor ainda não foi repassado para os profissionais da educação de Itacoatiara.

Por conta da falta do reajuste, os professores têm realizado diversas manifestações na cidade, pressionando a prefeitura que, no último dia 19 de maio, comunicou que deu entrada no pedido de compensação de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), do Ministério da Educação, para garantir o pagamento do reajuste salarial dos educadores municipais.

“Imagine esses milhões na nossa economia local. Nós iríamos movimentar o comércio, as pessoas que trabalham e precisam disso. Essa falta de aumento do piso nacional não prejudica somente os professores, mas reflete na economia municipal”, concluiu Leandro Negreiros.

Sem condições

Na última sexta-feira, 23, o prefeito Mário Abrahim (PSC) reafirmou que não tem condições de reajustar em 14,95% o salário dos professores da rede municipal da cidade. O chefe do Executivo local declarou, por outro lado, que busca alternativas para atender as reivindicações dos profissionais da Educação, que lutam desde janeiro deste ano pelo aumento do piso.

“Fizemos um pedido complementar ao Ministério [da Educação] para que a gente pudesse receber algo que nos dê as condições de corresponder e conceder [o reajuste]. Hoje, o município não tem condições, mas a gente está buscando um meio alternativo para que isso possa acontecer”, declarou o gestor, em entrevista ao Login, após um evento na Câmara Municipal de Itacoatiara.

À reportagem, o gestor pontuou que “sempre respeitou e valorizou” os profissionais do magistério, no intuito de tentar reconhecer o novo piso salarial. “Mas quando recebemos o sindicato, colocamos a realidade de que nós dispomos de recursos insuficiente”, disse.

“Eu, particularmente, como professor que fui, tive essa preocupação de reconhecer esse importante trabalho que fazem e não vai ser diferente. Na hora que nós dispormos de recurso suficiente, a gente, com certeza, vai trabalhar esse novo piso”, concluiu Mário Abrahim.

 

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(*) Com informações do portal O Login da Notícia

 

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