Manaus, 29 de março de 2024
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Manaus, 29 de março de 2024

Política

‘Siga o mestre’: após declaração de Bolsonaro, deputados pedem harmonia

Deputados aliados de Bolsonaro criticaram postura da oposição e do STF, e ressaltaram que o presidente tem o apoio do povo brasileiro

‘Siga o mestre’: após declaração de Bolsonaro, deputados pedem harmonia

Foto: Divulgação

BRASÍLIA, DF – Deputados federais da base aliada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) seguiram o chefe e adotaram um tom conciliador nesta quinta-feira (9), cobrando mais harmonia entre os Poderes da República. Eles também cobraram a mesma atitude por parte do Supremo Tribunal Federal (STF), na esteira do discurso do chefe do Executivo.

O deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM) criticou a atuação do STF e afirmou que todas as instituições devem “trabalhar dentro das quatro linhas da Constituição”. “Peço que o Congresso entenda. Acho que é hora de paz. A indicação do Presidente Bolsonaro nesta nota é paz, como líder. Mesmo contra alguns radicais, mas o Presidente está aqui para pagar o preço como líder, agradando uns, desagradando outros”, disse.

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Para o líder do PSL, Major Vitor Hugo (PSL-GO), a oposição tem feito “um escarcéu” com os múltiplos pedidos de impeachment de Jair Bolsonaro. “Ficou claro agora, pela presença de milhões e milhões de brasileiros nas ruas, no Sete de Setembro, quando nós comemoramos 199 anos da nossa Independência, ficou claro que o Presidente da República mantém o apoio sólido, o apoio maciço da população brasileira”, disse.

Ele afirmou que Bolsonaro é a favor da harmonia entre os Poderes. “O que nós desejamos é que os Poderes, sim, cheguem a um consenso, em harmonia. É assim que nós entendemos a nota do Presidente Bolsonaro, a busca pela harmonia, a busca pela independência dos Poderes, a busca, sim, por respeito às decisões do Parlamento e por respeito às decisões do nosso Presidente”, disse.

A deputada Carla Zambelli (PSL-SP) também criticou a oposição. “Quando o Presidente Bolsonaro coloca uma carta dessa em que ele se coloca como humilde para poder harmonizar os Poderes e fazer com que o Brasil ande para a frente, então [a oposição] acha ruim. Porque para quanto pior, melhor”, afirmou.

Oposição

Já na oposição, o discurso é que o presidente continua tendo responsabilidade sobre as pautas consideradas “antidemocráticas” das manifestações no dia 7 de setembro. Líder da oposição, o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) destacou que o tom pacificador só foi adotado pelo presidente da República após a mobilização de caminhoneiros aliados às pautas bolsonaristas ameaçarem o abastecimento em diversos pontos do País.

“Bolsonaro procura incendiar o País e, depois que o fogo toma conta, não sabe como apagá-lo, e não tem sequer coragem de vir à público e gravar um vídeo dizendo que errou. Aí solta uma nota dizendo que falou o que falou no calor do momento, recuando de sua posição”, criticou.

Molon avaliou que a atitude de Bolsonaro nas manifestações convocadas por ele apenas agravou diversos problemas da população, como a instabilidade econômica e a inflação. “Gente cozinhando com lenha, fazendo sopa de ossos, procurando emprego há meses, tentando sustentar a família, tentando ter acesso a vacina, sem conseguir. Este é o Brasil real. E o presidente da República faz o quê? Não só deixa de resolver esses problemas como cria outros. Depois, é obrigado a recuar. Ainda bem que recuou! Melhor recuar do que insistir no erro”, disse.

(*) Com informações da Agência Câmara de Notícias.

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