Manaus, 15 de maio de 2024
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Cenário

Simão Peixoto alega que foi agredido na prisão; sargento nega

O prefeito afastado, preso por suspeita de desviar R$ 29 milhões dos cofres públicos, deixou a cadeia nesse sábado (15), monitorado por tornozeleira eletrônica.

Simão Peixoto alega que foi agredido na prisão; sargento nega

(Foto: Reprodução/Redes sociais)

Manaus (AM) – O prefeito afastado Simão Peixoto (PP) poderá responder pelo crime de calúnia após acusar um agente da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária de tê-lo arrastado pelo pátio da cadeia, em Manaus.

Conforme boletim de ocorrência registrado neste domingo (16), por um sargento da Polícia Militar, o prefeito teria se ajoelhado para rezar e, em seguida, foi dada a ordem para que o prefeito levantasse. A ordem para levantar teria sido feita por várias vezes, sem que Simão acatasse. Por não cumprir a ordem do sargento, Simão teria sido pego pelo braço, sendo obrigado a levantar.

Ainda segundo o sargento, após o ocorrido, durante trajeto até o centro de operações e controle para a instalação das tornozeleira eletrônica, a viatura em que o prefeito estava foi seguida por um veículo, “ocasião em que foi solicitado o apoio da ROCAM, a qual realizou a abordagem no veículo suspeito, sendo identificado com ocupantes do veículo os advogados do acusado”, diz trecho do boletim.

Em contrapartida, o prefeito afastado Simão Peixoto também foi a uma delegacia formalizar um boletim de ocorrência. Simão declarou que foi “preso injustamente”, e que a Justiça havia determinado a sua liberação. Ele também disse que teria se ajoelhado para agradecer pela graça alcançada.

Ele relatou que o policial, de forma truculenta, mandou que se levantasse, puxando-o pelo braço – momento o qual alega que teve o seu ombro deslocado. E ao ser arrastado pelo pátio do presídio, teria sido ofendido por palavras de baixo calão: “tu que é pica, está com viadagem aí, seu filha da puta! vou te colocar no camburão e colocar spray de pimenta na tua cara! pode fazer o que quiser contra mim, se quiser representar, pode representar!”, relatou Simão no boletim de ocorrência.

Acompanhado da advogada, Simão foi orientado e em seguida, foi expedida a requisição de exame de corpo de delito.

Colaborou Pauline Lima

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