Manaus, 17 de maio de 2024
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Política

STF envia à PGR pedido de investigação contra Costa Neto

O presidente do PL afirmou que pessoas próximas a Bolsonaro tinham em casa minutas semelhantes às encontradas com Torres

STF envia à PGR pedido de investigação contra Costa Neto

Valdemar Costa Neto (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, pedido de abertura de um inquérito para investigar o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, suspeito de ter destruído documentos com teor golpista.

Petição 10.949 faz referência a uma “possível prática de crime” prevista no Artigo 305 do Código Penal. O artigo prevê reclusão de até seis anos, além de multa, àquele que “destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor”.

Declarações

A representação foi protocolada pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), na sexta-feira (27), por causa de declarações que Costa Neto deu ao jornal O Globo.

Na entrevista, o presidente do PL afirmou que pessoas próximas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinham em suas casas minutas de decreto de Estado de Defesa semelhantes à encontrada na casa do ex-secretário de segurança pública do Distrito Federal Anderson Torres.

“Aquela proposta que tinha na casa do ministro da Justiça, isso tinha na casa de todo mundo. Muita gente chegou para mim agora e falou: Po, você sabe que eu tinha um papel parecido com aquele lá em casa. Imagina se pegam”, contou Costa Neto.

O presidente do partido de Bolsonaro disse ainda que teve “o cuidado de triturar” as propostas que recebia: “Nunca comentei, mas recebi várias propostas. Tinha gente que colocava [papel] no meu bolso, dizendo que era como tirar o Lula do governo. Advogados me mandavam como fazer utilizando o artigo 142, mas tudo fora da lei. Tive o cuidado de triturar. Vi que não tinha condições, e o Bolsonaro não quis fazer nada fora da lei”.

(*) Com informações do O Globo

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