Manaus, 5 de maio de 2024
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Brasil

Suspeito de chacina em Sinop se entrega à polícia: ‘não quero confronto’

Suspeito da chacina em Mato Grosso, Edgar Ricardo de Oliveira disse, ao ser preso, que não tinha intenção de matar nenhuma criança

Suspeito de chacina em Sinop se entrega à polícia: ‘não quero confronto’

Edgar Ricardo de Oliveira um dos autores da chacina de Sinop se entregou a polícia (Foto: Reprodução/ Redes sociais)

Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, um dos autores da chacina de Sinop, se entregou nesta quinta-feira (23) às autoridades policiais de Sinop, cidade mato-grossense, a 504 quilômetros de Cuiabá, onde junto ao comparsa Ezequias Souza Ribeiro, 27, executaram sete pessoas, incluindo uma criança de 12 anos.

Oliveira estava escondido em uma casa no bairro Califórnia e foi preso pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Sinop. À imprensa local, ele afirmou que disse a Ezequias, no depoimento do crime, que deviam “poupar vidas”. Em tentativa de defesa frente à imprensa, ainda argumentou que não tinha a intenção de matar nenhuma criança.

A um portal de notícias da região, o advogado de Oliveira diz que a polícia respeitou todas as garantias. “Ele se demonstra arrependido. Ainda não entramos no mérito, mas ele vai prestar depoimento sobre os fatos”, disse, afirmando que o caso ‘é típico de tribunal de júri’.

Nessa quarta-feira (22), por meio de áudio divulgado pelo seu advogado de defesa, Oliveira dizia estar desarmado e disposto a se entregar. “Eu quero me entregar. Vou me entregar. Vamos ajeitar certinho minha entrega, só que eu estou desarmado. Não quero confronto com a polícia. Eu não tenho nenhuma arma mais. As armas ficaram na caminhonete. Eu não tenho arma. Eu não quero nenhum tipo de confronto com ninguém. Eu só quero me entregar e o senhor agiliza o local e a hora”.

Ezequias Souza Ribeiro, 27, o comparsa de Edgar, foi morto em confronto com a Polícia Militar mato-grossense na tarde de ontem.

Quem são os executores

Autor da chacina, Oliveira tem cadastro como Colecionador, Atirador Esportivo e Caçador (CAC), frequentava um clube de tiros em Cuiabá. O cadastro, regulamentado pelo Decreto 9.846/2019, garante por dez anos o direito de adquirir até 60 armas de fogo – de revólveres de baixo calibre a fuzis de repetição – e até 180 mil cartuchos de munição anualmente. Ele possui antecedentes criminais por lesão corporal, ameaça e violência doméstica.

Já Ezequias respondeu por crimes como roubo, porte de arma, formação de quadrilha, ameaça e lesão corporal.

A chacina que resultou na morte de sete pessoas, aconteceu em um bar no Jardim Lisboa, em Sinop (a 504 quilômetros de Cuiabá), na tarde de terça-feira (21), após a dupla de executores perder um aposta em jogo de sinuca. Imagens registradas por câmeras de segurança do estabelecimento, mostram Edgar e Ezequias atirando contra as pessoas. Uma adolescente de 12 anos está entre as vítimas.

Uma das armas usadas no crime, foi encontrada pela PM em um terreno baldio.

As vítimas

Larissa Frazão de Almeida, 12 anos, acompanhava o pai, Getulio, 36, também executado na chacina; ambos eram maranhenses.

Maciel Bruno de Andrade Costa, 35, era dono do Bruno Snooker Bar, local onde aconteceu o crime. Ele era natural do Maranhão.

Josué Ramos Tenório, 48, empresário de Rondonópolis (MT), onde trabalhava com venda de morangos.

Elizeu Santos da Silva, 47. Paranaense – única vítima a ser socorrida com vida. Morreu Hospital Regional de Sinop.

Adriano Balbinote, 46, era de uma família natural de Xanxerê (SC). Há poucas informações sobre a vítima.

Orisberto Pereira Sousa, sem idade divulgada, a única das vítimas natural de Sinop, trabalhava em uma empresa de telecomunicações.

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