O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), reagiu nesta sexta-feira, 15, ao vazamento do conteúdo de parte do vídeo da reunião ministerial, no qual Bolsonaro o classifica como “vagabundo”.
A informação foi publicada em matéria da revista Veja, e faz insinuações maldosas sobre o ex-senador Arthur Virgílio Filho, pai do prefeito, com a expressão “também, sendo filho de quem é”.
Virgílio rebateu o título de “vagabundo”, utilizado pelo presidente Jair Bolsonaro.
“O presidente me chamou de vagabundo. Mas só me tocou porque usou a expressão ‘sendo filho de quem é’. Não fosse isso, eu iria dar um puxão de orelha nele, porque ele é um presidente que não se dá ao respeito. Ele insultou a memória do meu pai, um dos maiores parlamentares da história desse país”, disse.
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O prefeito fez duras críticas ao presidente Bolsonaro, e o chamou de incapaz e incompetente. “Ele não está à altura de governar um país grande, complexo e valoroso. Estamos diante de um presidente despreparado para o exercício dessa função”, disse o prefeito.
Arthur Virgílio atribui o uso da imagem de seu pai ao fato de que o ex-senador atuou fortemente contra a Ditadura Militar, a qual o atual presidente faz apologia.
“Certamente porque meu pai foi contra a Ditadura Militar, o presidente fez esse ataque desnecessário à sua memória. Meu pai era contra a ditadura, que torturou, que matou muita gente, que é responsável pela desgraça de muitas famílias, que desapareceu com muitas pessoas. O Bolsonaro é saudoso do torturador Brilhante Ustra”, criticou.
“Meu pai fez muita coisa pelo Amazonas e pelo Brasil, muito diferente do presidente, que nunca fez nada pelo Rio de Janeiro e não está fazendo nada pelo Brasil. Essa é a diferença!”, afirmou Arthur.
“Eu pergunto: vagabundo, eu, que trabalho até de madrugada para enfrentar a Covid-19 aqui em Manaus ou quem fica batendo perna pelas ruas dizendo bobagem? Eu, que fiz, junto com empresários locais, um hospital de campanha para salvar vidas ou quem fica desinformando o povo? Vagabundo, eu, que faço minhas atividades físicas de madrugada depois de trabalhar durante o dia ou quem, abordado por uma jornalista na porta de um hospital, diz foi ali fazer um teste de gravidez? Isso choca, vindo do homem que está presidindo o país”, rechaçou o prefeito de Manaus.
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Em um longo vídeo publicado em suas redes sociais, Arthur Virgílio Neto também disse que o presidente está provocando um mal à economia do Brasil, com suas declarações desestabilizadoras, da má relação que ele tem com os jornalistas.
Além do caso das nomeações para a Polícia Federal do Rio de Janeiro, das constantes querelas que o presidente provoca com vários setores e do seu comportamento incompreensível diante do quadro de pandemia no país.
O prefeito de Manaus também responsabilizou o presidente por grande parte dos casos de Covid-19 ocorridos no país e pelas mortes, em consequência.
“Porque ele estimula as pessoas a irem para as ruas. Ele fica batendo perna em Brasília, ao invés de cuidar do governo. É uma irresponsabilidade ambulante”, afirmou Arthur.
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