Manaus (AM) – Os vereadores Gilmar Nascimento (sem partido ) e Rodrigo Guedes (Podemos) trocaram farpas durante sessão no Plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM), nesta quarta-feira (21).
Guedes, que é da oposição ao prefeito, diz que o festival folclórico do Centro Social Urbano (CSU) do Parque Dez gera um gasto público, mas o lucro é privado.
O vereador disse que as barracas são vendidas e afirmou, ainda, que a exploração da área verde do Parque 10 para estacionamento é do conhecimento do vereador Gilmar Nascimento.
Guedes apresentou, durante a sessão, o nome de um funcionário da CMM que estaria lotado no gabinete de Gilmar Nascimento com o salário mensal de R$ 7,7 mil.
Esse mesmo homem, segundo Guedes, recebe o pagamento, via Pix, no valor de R$ 200 de cada dono de barraca no arraial do CSU.
Por conta disso, Guedes afirma que Nascimento tem conhecimento sobre o lucro privativo da festa.
Em resposta, Gilmar Nascimento afirmou que o vereador Rodrigo Guedes não tem conhecimento de causa, que fala o que quer e que para ele [Guedes] ninguém presta.
“Não sei onde o senhor vive, vereador, porque pro senhor ninguém presta. Todo mundo é desonesto, as pessoas prestam vereador”, afirmou o vereador Gilmar Nascimento. Ele também disse que cresceu no Parque 10, e que acompanha e apoia o festival todos os anos e nunca viu Rodrigo Guedes ir lá amarrar uma bandeirinha.
Por fim, Nascimento afirmou que é morador do bairro Parque Dez e há 42 anos é um apoiador do evento. Mas frisou que não integra a coordenação do evento e aproveitou, ainda, para sair em defesa do funcionário lotado em seu gabinete.
Para Gilmar, o funcionário é morador do bairro Parque Dez e sempre participou da organização do evento.
A discussão ocorre quatro dias após o muro do Centro de Centro Social Urbano (CSU) do Parque Dez ser destruído para possibilitar a entrada de veículos e cobrança de estacionamento. O vandalismo aconteceu no último sábado (17).
Na segunda-feira (19), a Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) informou que iria apurar a autoria da demolição feita sem autorização do poder público municipal.
Nesta quarta, o vereador Rodrigo Guedes anunciou que vai levar o caso ao conhecimento do Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM).
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