Manaus, 1 de maio de 2024
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Cenário

Vereadores se digladiam na CMM por empréstimo de R$ 600 milhões à Prefeitura

Mais uma vez a CMM foi palco de debates acalorados e troca de farpas entre os parlamentares nesta segunda-feira (13).

Vereadores se digladiam na CMM por empréstimo de R$ 600 milhões à Prefeitura

(Fotos: Divulgação/CMM)

Manaus (AM) – Quase uma semana após negativa à solicitação para o empréstimo de R$ 600 milhões solicitado pelo prefeito David Almeida (Avante), a Câmara Municipal de Manaus (CMM), mais uma vez, foi palco de debates acalorados e trocas de farpas entre parlamentares nesta segunda-feira (13).

O vereador Marcelo Serafim (PSB), ex-líder do prefeito na Casa legislativa, abriu sessão plenária destacando a “quebra” da harmonia entre a CMM e a Prefeitura de Manaus após rejeição do empréstimo.

Ele acusou o prefeito de agir como um “ditador” após o episódio, atacando verbalmente os vereadores que votaram contra a proposta e, segundo Serafim, também está sendo alvo de críticas por parte da população.

O vereador Dione Carvalho (Patriota), que votou a favor do empréstimo, rebateu as críticas de Marcelo Serafim, argumentando que o discurso do colega se aplica apenas à oposição, não à situação. Carvalho apontou para a diferença na abordagem do tema por portais pagos com dinheiro da Câmara.

“O discurso do vereador é muito bonito, principalmente quando se fala de redes sociais. Porém, a regra só vale para a oposição, para a situação não vale”, afirmou Carvalho, ressaltando as críticas e alegando que os portais ridicularizam os vereadores.

Em seguida, o vereador Lissandro Breval (Avante), que faz parte da Mesa Diretora da CMM, pediu para que Carvalho se retratasse pela “acusação” que tinha feito, alegando que Dione estava acusando a Mesa Diretora de usar a estrutura da Casa para atacar e disseminar notícias falsas contra os vereadores.

” Peço que a Mesa tome uma posição. Ele tem que se retratar agora, porque isso não existe. Eu também solicito que ele apresente provas, porque o que ele fez é quebra de decoro. Em momento algum, a estrutura da Câmara, eu falo como parte da Mesa, buscou meios que não sejam legais […]. Esses ataques, sim, vêm da gestão municipal”, disse o parlamentar.

Wallace Oliveira, sem partido, disse que Breval teria ultrapassado os limites, porque o parlamentar não pode impor o que um vereador tem ou não que falar, referindo-se às exigências feitas por Breval a Dione.

“A coisa parece que está virando uma guerra sem fronteira, ninguém pode mais se posicionar, não pode mais fazer um comentário”, ressaltou.

A tensão entre Executivo e Legislativo em Manaus parece longe de se dissipar, deixando a população apreensiva quanto aos desdobramentos dessa crise política que impacta diretamente na gestão da cidade.

Caio André, presidente da Casa, por sua vez, disse que cada vereador é responsável por sua fala e que as acusações feitas contra a Mesa Diretora precisarão ser provadas.

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