Manaus, 13 de maio de 2024
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Coluna AM1

Após negativa da CMM, Prefeitura bloqueia R$ 4 milhões e irrita vereadores da oposição

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Após negativa da CMM, Prefeitura bloqueia R$ 4 milhões e irrita vereadores da oposição

Bloqueio

A disputa por poder na Câmara Municipal de Manaus (CMM) ganhou mais um capítulo nesta quinta-feira (9) com a Prefeitura de Manaus bloqueando R$ 4 milhões do orçamento do Legislativo municipal. Segundo o prefeito, foi necessário bloquear o dinheiro para evitar problemas de orçamento e os repasses seguirem normalmente até o último mês do atual exercício fiscal.

Inaceitável

O bloqueio fez com que o presidente da Casa, vereador Caio André (PODE), convocasse uma coletiva às pressas para expor sua indignação com a atitude da gestão de David Almeida (Avante). “Não vamos aceitar essa interferência na nossa autonomia enquanto Poder Legislativo”, disparou Caio, que deu o voto de minerva e anulou as esperanças do prefeito de Manaus em conseguir autorização para emprestar R$ 600 milhões.

Gastando demais

Segundo a Prefeitura, a Constituição diz que o gasto do Poder Legislativo Municipal, que inclui salários dos vereadores, não pode passar de 4,5% do dinheiro que a cidade arrecada com impostos e transferências. Se a lei não for respeitada, a infração recai sobre o gestor municipal.

Interferência

Caio André chegou a prometer acionar a polícia para investigar a interferência do Poder Executivo no Legislativo municipal. Segundo ele, a interferência é criminosa e todos os envolvidos precisam ser identificados e punidos o mais rápido possível. “Manaus não é terra sem lei, e também não tem dono”, disparou Caio André. Mas, depois, durante coletiva de imprensa, voltou atrás e disse que resolveu “reconsiderar” após a prefeitura explicar o motivo do bloqueio.

Retaliação

Caio disse que espera que o bloqueio não seja uma retaliação política pelo voto contrário dos vereadores ao empréstimo, pois segundo ele, “isso seria mais grave” do que tudo que já aconteceu até aqui. Para o presidente da CMM, ainda é cedo para dizer se foi uma ação premeditada. “Seria muito prematuro e leviano de minha parte, se nós fizéssemos qualquer conjuntura nesse sentido; mas, se for preciso, vamos tomar medidas judiciais”, prometeu o vereador.

Motivação

O “não” da Câmara Municipal de Manaus para o prefeito David Almeida (Avante) emprestar R$ 600 milhões caiu como uma bomba no colo do mandatário. O movimento que se instala no Legislativo municipal já dá conta de que foi dada a largada para a disputa pela cadeira de prefeito em 2024, e a maioria do time na Casa não deve apoiar a reeleição de David. Pelo menos até aqui, é esse o cenário.

Segundo round

O prefeito mal se recuperava do duro golpe e pá! Mais um para a conta. Desta vez, vindo do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), por determinação monocrática do conselheiro Mário de Mello, que suspendeu o pregão de R$ 16,2 milhões para contratação de serviços de pintura pela Prefeitura de Manaus. Mário, para quem não sabe, é padrasto do deputado federal Amom Mandel (Cidadania), possível rival de David na disputa pela cadeira de prefeito em 2024.

E por falar nele…

Ontem, após a negativa da CMM para o empréstimo de R$ 600 milhões, Amom Mandel cuidou de divulgar cinco dossiês contendo informações sobre possíveis irregularidades, identificadas por ele e sua equipe, na distribuição de cestas básicas em Manaus, manutenção e obras em escolas públicas municipais, merenda escolar, mobilidade urbana/transporte público e escolha de beneficiários do residencial Cidadão Manauara 2 envolvendo a atual gestão municipal.

Dança das cadeiras

E a dança das cadeiras teve um novo capítulo. Insatisfeito com a bancada evangélica na CMM, que registrou, ontem, duas ausências e, por isso, David teve o empréstimo negado, o prefeito cuidou de mostrar que não está contente com seus aliados e exonerou o diretor-presidente da Fundação Manaus Esporte, Francisco Sampaio, que é pastor, locutor e ex-radialista da Igreja Universal do Reino de Deus. Francisco estava no cargo por indicação de João Carlos, um dos vereadores religiosos que não estava, ontem, na CMM e acabou não ajudando David a conseguir o tão sonhado empréstimo milionário.

Estrelismo?

A vereadora Professora Jacqueline tem sido alvo de críticas nas redes sociais nas últimas horas por ter, segundo alguns, adotado um comportamento constrangedor para com um funcionário da CMM diante dos colegas de bancada e do público que assistia à última sessão solene da Casa. Enquanto discursava em sua bancada, ela se incomodou com a presença de um garçom em sua frente, que limpava uma outra bancada e, em vez de pedir apenas para o profissional sair da frente, preferiu expor a situação no microfone. Ao Portal AM1, Jacqueline negou que a intenção fosse constranger o trabalhador e disse que foi mal interpretada.

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