MANAUS, AM – A situação do transporte coletivo foi tema debatido nesta terça-feira (20) pelos vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM). Durante a sessão plenária, o vereador Sassá da Construção Civil (PT) ‘ressuscitou’ uma pauta já antiga na Casa: a CPI do transporte coletivo.
“Isso aqui já é conversa jogada fora há muito tempo […]. Nós temos que ter a CPI para os vereadores investigarem o que acontece”, afirmou.
Para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sair do papel e investigar a crise no transporte em Manaus, seria necessário a assinatura de 14 vereadores, contudo, na gestão do ex-prefeito Arthur Neto, Sassá colheu 12 aceites. Já neste mandato, apenas ele e o vereador Amom Mandel (Podemos), dos 41 vereadores, apoiam oficialmente a investigação.
Embora os parlamentares protagonizem debates acalorados sobre o assunto e se digam “indignados” com as aglomerações nos ônibus e o alto preço da tarifa em contraste com as condições dos coletivos, mais uma vez o debate terminou sem um solução definitiva para o impasse.
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Segundo o vereador petista, na hora de assinar a CPI muitos vereadores “correm” porque seus partidos não permitem a assinatura da CPI. O vereador afirmou também que as empresas de ônibus operam como uma máfia na capital.
“Essas empresas de ônibus são uma máfia e nunca vai acabar essa máfia [sic]. Porque entra prefeito e sai prefeito e eles continuam lá, eu não sei o que esse caras tem de bom que todo mundo ‘taca o pau’ neles, mas não mudou nenhuma empresa até agora. Eu quero dizer à vossa excelência que os vereadores tem culpa sim”, disse Sassá.
Por fim, o vereador Sandro Maia (DEM) anunciou um projeto de lei para que o município torne o passe-livre para estudantes de escolas públicas e o vereador Rosivaldo Cordovil (PSDB) afirmou que cobrará o Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) sobre uma licitação para permitir que executivos e alternativos integrem o sistema de bilhetagem eletrônica.
Subsídios
Durante a discussão, os vereadores relembraram, ainda, que o contrato com as empresas do transporte coletivo foi renovado por mais dez anos por Arthur Neto. Além disso, a Prefeitura de Manaus tem mantido altos subsídios paras as empresas.
“As mesmas empresas e os mesmos donos de empresas tem um modos operandi muito danoso à cidade de Manaus. Os donos de empresas, muitas vezes empresas de fora, adquirem dívida e ainda assim conseguem receber o repasse da prefeitura o subsídio”, enfatizou Amom. O vereador apontou que as empresas constam na lista dos maiores devedores do município.
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