Manaus, 13 de maio de 2024
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Cenário

Wilker Barreto ganha tempo para Arthur Neto evitar protestos dos professores

Wilker Barreto ganha tempo para Arthur Neto evitar protestos dos professores

MANAUS 22.06.16 - VEREADOR WILKER BARRETO (PHS) DISCURSA NA SESSÃO PLENARIA DA CAMARA MUNICIPAL DE MANAUS(CMM). FOTO:TIAGO CORREA/CMM.

 

Presidente da Câmara prometer fazer a ponte com os professores e Arthur Neto (CMM)

Coluna Cenário

A promessa do presidente da Câmara Municipal de Manaus, Wilker Barreto (PHS), de intermediar uma reunião entre a comissão de professores do movimento “Fundeb para todos” e o prefeito Arthur Neto (PSDB), desmobilizou a categoria que havia programado um ato para esta quinta-feira, 28, em frente à sede da Prefeitura de Manaus, na Compensa. No último protesto do dia 22 de setembro, o movimento conseguiu reunir mais de 3 mil professores no mesmo local.

Os educadores querem saber onde foi parar o recurso residual de 2016 do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) que estava destinado a pagar o abono para todos os servidores da Secretaria Municipal de Educação (Semed) da capital.  

Com a manobra, Wilker Barreto permitiu que Arthur, de quem é aliado, ganhasse tempo contra o movimento que tem sido o “calcanhar de Aquiles” na gestão do tucano, que teme uma investigação do Ministério Público Federal (MPF) sobre a aplicação do Fundeb.

Greve branca

Por outro lado, os professores da rede municipal resolveram tirar o “dia de planejamento nas escolas” para fazer uma espécie de ‘greve branca’ e organizar a categoria para o próximo ato, previsto para o dia 11 de outubro. “A orientação é de que façamos um diálogo com os professores sobre os ataques feitos pela secretária de Educação, pelo secretário da Casa Civil e pelo prefeito de Manaus”, explicou o professor de História Jonas Araújo Júnior.

Na quarta-feira (27), milhares de professores foram para frente da CMM, debaixo de chuva, pedir abertura de uma CPI para investigar o uso dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação.

Prefeito desqualifica professores

Arthur e sua secretária de Educação, Kátia Helena Schweickardt, já chamaram os professores de “baderneiros”, “criminosos” e “conspiradores”. Arthur e Kátia batem na tecla de que os professores são bem remunerados, possuem um bom plano de carreiras e salários, que as escolas são bem equipadas e que o município está bem avaliado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

A Secretaria Municipal de Educação possui 12 mil servidores e mais de 600 unidades educacionais, entre escolas, centros de educação infantil e creches, distribuídas em oito zonas de Manaus.