Manaus (AM) – O governador do Amazonas, Wilson lima (União Brasil) anunciou, neste domingo (24), que conversou com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com o senador Omar Aziz (PSD) para tratar sobre a situação da estiagem no estado.
Segundo Wilson, que usou as redes sociais para falar do assunto, “o presidente se colocou à disposição” e, na próxima terça-feira (26,) se reunirá novamente com o mandatário no Ministério dos Transportes para “alinhar as ações em apoio às pessoas que moram nos municípios afetados”.
Neste ano, a seca chegou mais cedo ao Amazonas e já prejudica vários municípios, principalmente, na questão de logística e energia. Segundo o secretário da Defesa Civil do Amazonas, Francisco Máximo, em entrevista a uma emissora local, cerca de 100 mil pessoas já foram afetadas pela vazante.
Em Benjamin Constant (1.119 quilômetros de Manaus), por exemplo, o rio secou na frente da orla da cidade e é possível atravessar de um lado para o outro com facilidade.
Na calha do Alto Solimões, além de Benjamin Constant, estão em situação de emergência os municípios de Amaturá, São Paulo de Olivença e Santo Antônio do Içá; na calha do Juruá, estão Ipixuna, Envira, Itamarati e Eirunepé; e no Médio Solimões, a estiagem severa atinge Coari, Tefé, Jutaí e Uarini.
Consequências da estiagem
Há duas semanas, no dia 12 de setembro, o governo estadual lançou a “Operação Estiagem 2023” e anunciou quais ações de emergência aos municípios afetados estão sendo feitas nesse período.
Segundo a Secretaria de Educação do Amazonas (Seduc-AM), uma das consequências da seca é a locomoção dos alunos às escolas do interior, uma vez que, com o rio seco, não há como chegar até o destino. Segundo a secretaria, 355 estudantes de colégios públicos do estado já foram atingidos.
Outro fator que está previsto para acontecer, devido à estiagem, é a necessidade de reduzir a capacidade de carregamento de navios para o transporte de insumos básicos. Ao Portal AM1, no dia 16 deste mês, o diretor-executivo da Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem (Abac), Luís Resano, disse que a seca deve encarecer produtos da cesta básica e materiais utilizados na construção civil.
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