Manaus (AM) – A polêmica envolvendo os deputados estaduais Sinésio Campos (PT) e Joana Darc (UB) sobre a questão de os projetos legislativos do parlamentar estarem travados na Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), na qual Darc é presidente e está afastada por licença-maternidade, ainda não acabou.
O episódio repercutiu na mídia local e entre os políticos, que expressaram suas opiniões nas redes sociais, como o ex-deputado federal e pré-candidato a vereador à Câmara Municipal de Manaus (CMM) Zé Ricardo (PT).
O petista escreveu em um post da rede social X que a fala de Sinésio Campos sobre a licença-maternidade é um “absurdo”, já que o deputado estadual é presidente do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores no Amazonas, legenda que lutou para que as mulheres pudessem ter os direitos básicos garantidos, entre eles, o direito à licença-maternidade.
“Um absurdo a posição do deputado Sinésio Campos questionando a licença maternidade de deputadas ausentes de comissões da ALE. Os direitos das mulheres devem ser respeitados. Vale para todas as mulheres. É uma conquista que PT lutou muito ao longo de vários anos. Estou nesta luta”, opinou Zé Ricardo.
Posicionamentos
O Portal AM1 questionou Zé Ricardo sobre o seu posicionamento, uma vez que o político pertence ao mesmo partido de Sinésio. A reportagem perguntou do ex-parlamentar se ele teve acesso, na íntegra, sobre o pronunciamento de Campos ou se ele apenas assistiu aos vídeos (com cortes) divulgados nas redes sociais. Em resposta, a assessoria de Zé Ricardo “acredita” que ele tenha visto apenas os cortes, e, em seguida, feito a sua crítica.
Sinésio Campos também foi procurado pela reportagem sobre a crítica de Zé Ricardo, mas não respondeu aos questionamentos e nem atendeu ligações até a publicação da matéria.
O caso
Na última segunda-feira (22), Sinésio Campos usou a tribuna da Aleam para falar sobre seus projetos de lei que estavam parados na Comissão de Meio Ambiente.
Antes de começar suas reclamações, ele afirma que é justo que a colega esteja usufruindo do seu direito; mas que os outros membros da comissão tivessem a iniciativa de dar continuidade aos trâmites, pois se esperassem pelo retorno da parlamentar, os projetos seriam prejudicados, haja vista que a licença-maternidade tem duração de seis meses, aproximadamente.
Para defender Joana, a deputada Alessandra Campelo (PODE) disse que ele deveria enviar suas demandas para os outros membros da comissão e não “perturbar” a parlamentar, que está exercendo um direito seu.
Por sua vez, ao Portal AM1, nesta quinta-feira (25), Sinésio Campos disse que a sua fala foi “distorcida” e “mal interpretada” tanto pelos parlamentares quanto pelos portais de notícia, que divulgaram vídeos com cortes sobre o episódio.
“O que eu me posicionei não tem nada a ver com a deputada Joana Darc, é com a Casa. O que eu vejo que é importante é a Casa não sofrer descontinuidade. Reivindiquei, sim, que o deputado ou a deputada que entre de licença, por qualquer motivo, tenha sua vaga preenchida imediatamente pelo seu respectivo suplente, a fim de que não haja prejuízo para o trabalho das comissões permanentes, o que já está assegurado no regimento da Casa Legislativa. Independente de gênero”, afirmou o decano da Aleam.
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