Brasília (DF) – O deputado federal Silas Câmara (Republicanos-AM) publicou, na terça-feira (19), uma foto em uma rede social ao lado do recém- aprovado ministro do STF, Flávio Dino, e atual ministro da Justiça e Segurança Pública.
De acordo com a publicação, Silas se encontrou com o Dino para tratar sobre um repasse de R$ 21 milhões para a implantação das brigadas de incêndio em municípios priorizados pelo Corpo de Bombeiros – valor solicitado por seu gabinete.
Aparentemente mais magro na foto, Silas tem passado por um turbilhão de emoções recentemente. No último dia 12, o TRE-AM formou maioria para cassar o diploma do parlamentar, mas um pedido de vista adiou o julgamento.
Além disso, um problema familiar envolvendo a guarda das netas, menores de idade, e denúncia de sequestro contra a esposa de Silas tem abalado o deputado. Recentemente, o parlamentar também fez uma publicação pedindo orações.
O juiz Pedro de Araújo Ribeiro – relator do processo que pede a cassação do deputado – afirmou que essas irregularidades constituem um “elemento diferenciador na disputa eleitoral”, já que há dificuldades logísticas no estado.
“Por essa razão, a comprovada irregularidade de despesas realizadas com o fretamento de aeronaves revela destacada gravidade, porque corresponde à possibilidade de acesso a Municípios e a eleitores inalcançáveis para a maioria dos candidatos ao pleito proporcional”, escreveu.
Desta forma, argumentou Pedro de Araújo, o mandato de Silas pode ser anulado seguindo a legislação eleitoral, em que “a interferência do poder econômico e o desvio ou abuso do poder de autoridade, em desfavor da liberdade do voto, serão coibidos e punidos”.
Em nota, a defesa do deputado afirmou que aguarda a conclusão do julgamento. A representação é de origem do Ministério Público Eleitoral e ocorreu após o TRE-AM aprovar, com ressalvas, as contas de campanha de Silas.
Críticas na redes sociais
Evangélico, conservador e apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-AM), Silas tem sido criticado nos comentários das fotos.
Veja:
Mas há quem o defenda:
Todas os comentários foram retirados de prints da publicação sem nenhuma alteração. A autenticidade pode ser confirmada na rede social do deputado federal.
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